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PREOCUPAÇÃO

Denúncia de assédio contra alunas repercute na Câmara de Santa Cruz

Foto: Alencar da Rosa

Para isso, os portões da instituição terão horário de fechamento e a prova começará às 8 horas

A vereadora Nicole Weber (PTB) utilizou seu espaço na Câmara para relatar uma situação de assédio que teria vitimado alunas do Ensino Médio da Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira, em Santa Cruz do Sul. Segundo discurso da parlamentar em plenário, na sessão dessa quarta-feira, 8, o assunto ganhou as redes sociais durante a última semana. A vereadora relatou sua preocupação com a situação e cobrou que as estudantes sejam ouvidas pela direção do educandário, para que a questão se resolva o quanto antes.

“Não sou autoridade policial, e caso de denúncia de assédio é na delegacia. É também na escola, mas não só isso. Se há denúncia de assédio contra uma ou mais alunas, essas meninas precisam ser ouvidas. Se chegaram ao ponto de ir para as redes sociais e se expor, precisam ser escutadas”, relatou a representante do PTB.

Após a reunião da Câmara, por meio de sua assessoria, a vereadora divulgou uma nota sobre o assunto, onde cita que “informações sobre esse tipo de violência têm circulado nas redes sociais nas últimas semanas e dão conta de que estudantes teriam sido assediadas por professores da instituição. As meninas, por sua vez, alegam que não estão sendo ouvidas pela direção do educandário e teriam sido acusadas de cyberbullying por expor a situação na internet”.

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Procurada pela Gazeta do Sul, a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Santa Cruz, informou que nenhuma ocorrência sobre o assunto foi recebida pela Polícia Civil.

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Direção diz que caso é antigo e foi em outra escola

A diretora da Ernesto Alves, Janaína Venzon, disse que a escola tomou conhecimento do assunto pelas redes sociais e que, até o dia 31 de agosto, nenhum aluno havia procurado a direção para relatar o problema. Janaína afirmou que o caso do suposto assédio contra uma aluna teria ocorrido ainda em 2016 e em outra escola, da rede municipal. Segundo ela, na época não houve denúncia formal contra o professor.

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Conforme a diretora, recentemente o mesmo professor foi remanejado para a Ernesto Alves, onde a suposta vítima estuda atualmente. Mesmo não tendo aulas com o professor – que já foi afastado preventivamente até a conclusão do episódio –, a aluna teria decidido denunciá-lo. Na esteira disso, outras estudantes teriam se manifestado na internet relatando que o professor utilizaria linguagem inadequada nas aulas.

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“A aluna se sentiu desconfortável ao ver o professor na nossa escola. Diante da denúncia dessa menina, outras alunas trouxeram algumas situações de palavras e vocabulários do professor em sala de aula”, relatou. “A partir do momento em que a escola tomou conhecimento pelas redes sociais, entrou em contato com a 6ª Coordenadoria Regional de Educação, que orientou passo a passo o que deve ser feito. Primeiramente, vamos escutar as alunas, porque até então elas não tinham procurado a escola. Nessa quarta-feira convocamos o conselho da escola para apresentar os relatos e nesta quinta entregaremos os relatos na coordenadoria”, completou a diretora.

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Janaína disse também que a escola irá oferecer um suporte para seus alunos, com palestras e orientações sobre assédio sexual e redes sociais.

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