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Dia dos Pais

É uma data especial, como tantas outras, que nasceu nos Estados Unidos. A artista e escritora do estado de Washington Sonora Smart Dodd, em 1910, propôs a criação do Dia dos Pais como um feriado para homenagear seu próprio pai. Só depois que a artista teve seu primeiro filho, ela percebeu a tarefa realizada por seu pai, que, após a morte de sua mãe, ao dar à luz ao sexto filho, criou sozinho seus filhos.

A ideia de Sonora era celebrar a data no dia 5 de junho, dia do aniversário de seu pai, mas a celebração só aconteceu em 19 de junho porque o pastor que realizaria a celebração precisou de mais tempo para preparar o sermão adequado. Depois de várias tentativas para oficializar uma data especial para o dia dos pais, só na década de 1960, o presidente americano Lyndon Johnson determinou que esse dia deveria ser comemorado no terceiro domingo de junho. Em 1972, o presidente Richard Nixon transformou o Dia dos Pais em feriado nacional.

No Brasil, a celebração do Dia dos Pais foi proposta, pela primeira vez, em 1953, no jornal O Globo. Por iniciativa do publicitário Sylvio Bhering, que na época era diretor do O Globo e da Rádio Globo, o jornal carioca publicou, no dia 15 de agosto de 1953, um texto com o título “Dia do Papai”, através do qual os filhos demonstrariam um “enternecido reconhecimento que devem a quem lhes consagra energia e desvelos, preocupações e esperanças.”  Inicialmente,  era uma data fixa (16 de agosto), mas que não se mostrou muito vantajosa para venda de anúncios publicitários e o comércio, porque, na maioria das vezes, cairia em dias úteis. Fixou-se, então, o segundo domingo do mês de agosto para celebrar o Dia dos Pais, no Brasil.

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Por convicções pessoais, há quem ignore as datas especiais de mãe, pai, criança, mulher, avós, namorados. A psicóloga e escritora Magda Raupp, por exemplo, escreveu em artigo de jornal que deixou passar o dia dos pais sem comentários porque há muito ignora os dias de pai, mãe, avó e avô, criança, secretária, mulher, amigo… “Parece que todos se apossaram de um dia no ano, ocupando de tal forma o calendário que acaba-se não tendo dias suficiente para celebrar livremente, em qualquer dia, a mãe, o pai, a criança, a mulher, os avós, os pais… Chega o tal dia especial, compra-se um presente, prepara-se um almoço ou leva-se  o homenageado a um restaurante e volta-se para casa, aliviados com a obrigação cumprida.”

Para a maioria, entretanto, além dos encontros especiais e dos presentes, é uma data para lembrar daquilo que os pais nos disseram, mostraram, ensinaram e, principalmente, nos fizeram de bom.  Os pais influenciam os filhos de modo único: desempenham o papel de desafiá-los, incentivando-os a correr mais riscos e desenvolvendo neles as capacidades emocionais e cognitivas para enfrentar o mundo. A interação típica masculina com os filhos é bastante diferente da feminina.

Estudos mostram que os pais – com mais frequência do que as mães – preferem brincadeiras que envolvem atividades físicas: balançar a criança nos joelhos, jogá-la para cima, caminhar com ela sobre os ombros, simular lutas e perseguições, para aflição e desespero de muitas mães superprotetoras.

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Nos anos 1980, um comercial de TV criou uma frase muito forte para a época e que antecipou o início de uma mudança na atuação dos pais na relação familiar: “não basta ser pai, tem que participar”. Por imposição da recente pandemia do coronavírus, por necessidade, opção ou convicção, muitos homens estão assumindo totalmente ou, pelo menos, dividindo tarefas que os “usos e costumes” diziam que eram de mulher, mesmo que conciliar vida profissional e paternidade, muitas vezes, não seja fácil, exigindo abrir mão de happy hours, rodas de chope, futebol com os amigos etc.

De qualquer maneira, em muito lares já existem homens que, com muita tranquilidade e sem qualquer trauma de “machismo”, assumem as tarefas de “donos de casa”, cabendo à mulher o papel de provedora financeira. Outros, nos casos de divórcios, compartilham a guarda de filhos menores, autorizada por lei sancionada em 2014. 

Vivendo numa sociedade consumista, nem sempre é fácil dar uma “puxada no freio de mão”, rever gastos e, principalmente, controlar despesas. Como pais, então, a preocupação deve ser redobrada, afinal, entre o ser pai e a sua situação financeira, existem os filhos e o seu futuro que muitas vezes depende do apoio financeiro da família; afinal, não há presente maior para um pai do que ver seus filhos bem encaminhados na vida.

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Reinaldo Domingos, educador financeiro, autor de livros e criador da DSOP Educação Financeira, além de outras atividades, divulgou há algum tempo, em seu canal Dinheiro À Vista, um vídeo em que sugere aos pais seguir cinco passos para ter uma vida financeira mais próspera, o que pode ser aplicado por outras pessoas também:

  1. Fazer um diagnóstico da situação financeira atual: é um raio-x de como estão as finanças;
  2. Quais são os sonhos de cada um da família? O que querem realizar, comprar? Em quanto tempo? Qual é o custo? etc.;
  3. Elaborar um orçamento financeiro: substituir o antigo padrão de orçamento – receitas (-) despesas = sobra/falta – por um padrão que muda o modelo mental das pessoas – receitas (-) valor dos sonhos (-) compromissos assumidos (=) despesas normais;
  4. O valor dos sonhos que for poupado deve ser “carimbado”, quer dizer, ele deve ter uma finalidade, sob pena de ser usado para qualquer outra finalidade, às vezes apenas para atender a algum desejo;
  5. O dinheiro carimbado deve ser investido em algum produto financeiro para, no mínimo, protegê-lo da desvalorização da inflação e, também, ganhar algum rendimento.

Por fim, não se pode esquecer das mães que exercem o papel de pais. Conforme dados de gênero, divulgados pelo IBGE, mais de 37% dos domicílios brasileiros são chefiados por mulheres. Nessas famílias, 90% são mulheres sem parceiros e com filhos. Para elas, o desafio é ainda maior. Entender essas transformações no perfil do pai brasileiro pode ajudar a melhorar a sociedade.

  • Sugestão de teste – para pais e filhos avaliarem o nível de conhecimento sobre o uso e administração dos recursos financeiros da família.

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