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Colorado

Direção garante permanência de Miguel Ángel Ramírez no Inter

Foto: Ricardo Duarte/Internacional

João Patrício Herrmann foi o responsável por conceder entrevista após a goleada

A direção colorado garantiu Miguel Ángel Ramírez como treinador do Internacional mesmo após a goleada sofrida para o Fortaleza por 5 a 1 no Castelão, pela segunda rodada do Brasileirão. Mesmo a pior derrota do clube desde 2015 na competição não foi capaz de alterar o planejamento do presidente Alessandro Barcellos, eleito em novembro de 2020. O vice-presidente de futebol, João Patrício Herrmann, afirmou que o “baque” sofrido na partida foi “muito grande”, mas assegurou que o trabalho do treinador seguirá.

“Seguramente, é a maior vergonha, como dirigente, que passei na história do Internacional. Eu quero pedir desculpas pra torcida. Essa derrota envergonha os colorados, comissão técnica, diretoria e seus atletas. Não é pelo dia de hoje (ontem) que vamos fazer alterações. As alterações acontecerão de uma forma muito enérgica internamente. Nós não estamos satisfeitos com os resultados. É um projeto a médio e longo prazo, mas um clube como o Internacional não pode não apresentar resultados. Hoje mostramos fraqueza na forma de jogar e na estratégia de jogo. Vamos tratar internamente. A resposta será dada em campo. Estamos sensíveis a toda e qualquer manifestação de colorados. É um resultado constrangedor, sim. A gente não pode sair daqui sem essas lições e internamente a gente vai continuar junto com a comissão técnica para fazer esse trabalho. Não vou tratar de uma forma pública esse tipo de erro, mas são erros internos. Hoje jogamos com uma equipe muito nova, que vinha jogando poucas vezes juntos. Com certeza pode ter pesado nos atletas, mas de forma nenhuma podemos deixar de lado a confiança”, declarou o dirigente.

Para o técnico Miguel Ángel Ramírez, que está prestes a completar três meses no cargo, deixou clara, tanto no semblante quanto nas respostas, a tristeza pela humilhação imposta no Castelão. Apesar de o time ter vencido apenas um dos últimos cinco jogos, com mais três empates, o técnico rebateu que exista uma queda de produção. Para o treinador, a falta de qualidade se restringiu a este domingo. “Vou responder como a primeira pergunta. Creio que foi só neste jogo. Viemos de uma partida em que criamos, fomos dominadores e ganhamos. Creio de verdade que quando jogamos hoje foi nosso pior dia. Não fomos capazes de executar no campo. Corrigimos algumas coisas. Mas não foi saiu”, disse.

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A comissão técnica seguirá com o respaldo da direção, porém adaptações serão feitas ao modelo de jogo em busca de melhores resultados. O treinador está com 56% de aproveitamento. “Preciso seguir neste caminho de aprendizado como treinador com os golpes que recebo em âmbito profissional. Reflito sobre o que acontece, amadureço e sigo. Preciso pedir desculpa a uma torcida que hoje certamente está vivendo um de seus piores dias nos últimos anos”, reconheceu.

Pressão sobre Miguel Ángel Ramírez aumentou após goleada
Foto: Ricardo Duarte/Inter

Ramírez não acredita que seja um defeito do elenco que ainda não entendeu suas ideias. Segundo o técnico, amostras em campo dadas até pelos que chegaram depois ao time, como Taison e Boschilia, fazem ele confiar que seus atletas estão no caminho certo. “Estou tão triste e frustrado pelo jogo de hoje que talvez me afete a visão sobre as coisas. Revimos os jogos passados e percebemos que o grau de evolução é grande, o que nos deixa satisfeitos, mas logicamente, hoje (domingo) foi um retrocesso. Em nenhum momento estivemos perto de ganhar o jogo. Para além do resultado, o Inter precisa estar mais perto de ganhar do que de perder. O que vimos hoje me aborrece”, analisou.

O treinador assegura que segue dedicado para implantar suas ideias e fazer o Inter mudar a forma em relação aos últimos anos. “Estou envolvido ao máximo desde quando cheguei. Motivado com o projeto e trabalhando como não pode imaginar. Sigo trabalhando com a mesma entrega do primeiro dia. Na derrota, há mais peso. Quando entender que não ajudo o projeto, ou que o Inter sinta. Creio que não é uma questão de pressão ou derrota. É algo maior o projeto. Tanto de uma parte quanto outra”, finalizou.

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A equipe volta a campo pelo Brasileirão no próximo domingo, 13, às 18h15, quando enfrenta o Bahia no Estádio Pituaçu, em Salvador, pela 3ª rodada. Antes, porém, o Colorado tem pela frente o Vitória, na quinta-feira, 10, às 21h30, no Beira-Rio, pelo duelo da volta da terceira fase da Copa do Brasil.

Dunga critica Ramírez nas redes sociais

Em um áudio que circula no WhatsApp após a goleada sofrida pelo Inter por 5 a 1 para o Fortaleza, Dunga aponta que o espanhol precisa ter mais respeito pelo ambiente que o acolheu. Ex-técnico da Seleção e do próprio Inter, o capitão do tetra recorda o histórico do clube e os rendimentos de jogadores que caíram de produção. “Está em uma cidade que tem dois campeões mundiais. Como professor, precisa respeitar o país que abriu as portas. Com o Abel, Edenilson e Patrick jogavam muito, Yuri era artilheiro e Cuesta o melhor zagueiro do Brasil. Esses jogadores não estão jogando. Não adianta falar em Ferrari se não sabe dirigir a Ferrari”, disse Dunga.

O último trabalho de Dunga foi na Seleção Brasileira, pela segunda vez, entre julho de 2014 — após o 7 a 1 — e a Copa América de 2016, da qual foi eliminada pelo Peru, em junho. Na primeira passagem pela Seleção, Dunga foi campeão da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações de 2009. Seu único título por clubes é o Gauchão de 2013, com o Inter. “Temos que ser humildes e aprender. Mas você precisa ter respeito pela história. Ser inteligente é trabalhar com o material que tem e tirar o melhor deles. O treinador brasileiro trabalha com o que tem. Você precisa entender. O que o futebol gaúcho pede? Preciso fazer o que a torcida pede, não o que eu penso”, declarou. “Esse veio nos ensinar? Respeite a história do Inter. Rubens Minelli campeão invicto, Abelão campeã mundial, Ênio Andrade, Marcos Eugênio, Abílio Reis, Claudião, Ernesto Guedes, Muricy Ramalho. Quando chegar a um país que te acolhe, dá trabalho, respeite um país pentacampeão”, concluiu.

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Abel Braga é anunciado pelo Lugano, da Suíça

O ex-treinador do Inter, Abel Braga, foi anunciado pelo FC Lugano, da Suíça. A nota do clube suíço, publicada em italiano, destaca as conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes com o Inter, em 2006, e o Brasileirão de 2012 com o Fluminense. Abel já teve experiências como treinador no futebol europeu: Rio Ave, Famalicão, Belenenses e Vitória de Setúbal, em Portugal, entre os anos 1980 e 1990. Seu trabalho mais recente na Europa foi entre 2000 e 2001, no Olympique de Marselha, da França. Treinador com mais jogos à frente do Inter na história, Abel tem sete passagens pelo clube — a última delas, entre o fim de 2020 e o início de 2021, quando chegou ao vice-campeonato brasileiro.

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