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HISTÓRIA

Documentos históricos de acervo em Rio Pardo vão ganhar versão digitalizada

Espaço abriga aproximadamente 100 mil documentos, grande parte manuscritos | Foto: Marília Nascimento/Banco de Imagens/GS

Um dos mais importantes acervos de documentos do País, existente em Rio Pardo, será digitalizado para ser disponibilizado online ao público. A Associação de Amigos do Solar do Almirante (Aasa) encaminhou o projeto à Secretaria de Estado da Cultura e obteve a aprovação pelo edital de Cultura Viva, no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). O prazo para a execução é de um ano, até 16 de junho de 2026, mas a intenção é finalizar o trabalho antes.

O Arquivo Histórico Municipal Biagio Soares Tarantino, de Rio Pardo, fundado pelo historiador que empresta o nome, tem em seu acervo 553 códices (livros com documentos e registros). O local guarda a memória dos primeiros moradores da maior parte do Rio Grande do Sul. Os apontamentos começam em 1760 e o espaço abriga aproximadamente 100 mil documentos. No local há livros manuscritos e documentos avulsos dos mais variados registros do Brasil Reino Unido, Império e República até os dias atuais.

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A presidente Patrícia Fontoura explica que a Associação de Amigos do Solar do Almirante tem como objetivo o restauro, a manutenção e a sustentabilidade do prédio denominado Solar do Almirante, construção datada de 1790. No entanto, para além disso, a entidade tem o viés histórico, patrimonial e cultural em geral. Diante da importância dos documentos que compõe o Arquivo Histórico, a associação elaborou o projeto escrito pelo produtor cultural Jeandro Garcia. “Nosso trabalho foi sonhado e está sendo realizado pensando na preservação da cultura e patrimônio. Daí, surge a preocupação em digitalizar, acessibilizar e preservar o precioso Arquivo Histórico de Rio Pardo”, afirma Patrícia.

Público poderá acessar os materiais por meio de um portal | Foto: Marília Nascimento/Banco de Imagens/GS

O projeto de digitalização foi encaminhado à Secretaria de Estado da Cultura há aproximadamente um ano. Após a qualificação e aprovação, a associação obteve a ciência e a concordância da Secretaria Municipal de Turismo e, em reunião com o prefeito Rogério Monteiro, se colocou à disposição para o que fosse necessário. A servidora municipal responsável pelo Arquivo, Neuza Duarte de Quadros, ajudou e participará do trabalho, norteando o projeto, pois ela possui conhecimento a respeito dos documentos.

Registros desde o período do Brasil colonial

Grande parte dos registros feitos no Estado entre os séculos 18 e 20 sobre a colonização do interior se encontra no Arquivo, pois Rio Pardo, durante muito tempo, representou 55% do território gaúcho, dando origem a mais de 200 novas cidades. Entre os mais importantes documentos está a Ata de Criação da Vila de Rio Pardo (1809), um dos quatro primeiros municípios da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Toda a imigração alemã na região entrou por Rio Pardo, e os dados se encontram no arquivo.

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No acervo existe uma coleção de jornais da cidade até os anos 1950. Outra curiosidade guardada no arquivo municipal são as certidões de óbito, muito procuradas para pesquisas familiares. Ao mesmo tempo, novos documentos são agregados. O arquivo funciona na Rua Andrade Neves, no segundo andar do Centro Administrativo, no local onde antes estava a Câmara de Vereadores.

A presidente da Associação de Amigos do Solar do Almirante, Patrícia Fontoura, informou que com o projeto será possível a digitalização do acervo mais antigo, totalizando em torno de 15 mil documentos, cadastrados e disponibilizados para pesquisa universal. A associação está finalizando as tratativas com duas empresas com extensos currículos e qualificação necessária em digitalização de documentos antigos para a execução do trabalho, com cronograma já definido.

Após a digitalização, as pessoas terão acesso ao acervo por meio de um portal de acesso público. Patrícia ressalta a importância do trabalho, pois o acervo ficará disponível para pesquisadores e garantirá a preservação dos documentos. Os documentos originais continuarão no Arquivo do Municipio.

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