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FORA DE PAUTA

É hora de repensar o trânsito

Foto: Alencar da Rosa/Banco de Imagens

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Quem circula pelas ruas de Santa Cruz do Sul, sobretudo nos horários de pico, não tarda a chegar à mesma conclusão: há carros demais. Por mais que o poder público realize modificações e obras na tentativa de otimizar o fluxo, a grande quantidade de veículos e as limitações de espaço nas vias tornam essas intervenções pouco eficazes. A resolução do problema, portanto, precisa partir também dos condutores, seja com mudanças de comportamento no trânsito ou com novas escolhas cotidianas.

Um dos trajetos mais complicados, tanto pela manhã quanto no fim da tarde, é o deslocamento entre o Centro e a Zona Sul da cidade. Durante as obras do – agora finalizado – Viaduto Prefeito Edmundo Hoppe, a prefeitura promoveu alterações significativas em ruas dos bairros Ana Nery, Bonfim e Arroio Grande. O objetivo era abrir rotas alternativas que permitissem aos motoristas chegar aos seus destinos sem sobrecarregar a faixa única da Avenida Euclydes Kliemann (no sentido Bairro-Centro) ou a Rua Pereira da Cunha (no sentido Centro-Bairro).

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Apesar de alguns transtornos, a estratégia funcionou e garantiu a mobilidade durante o período das obras. Agora, com a estrutura pronta e liberada, não há razão para que todos passem a utilizá-la exclusivamente. Isso acarretaria nova sobrecarga, congestionamentos e críticas injustas sobre o investimento feito. A boa prática seria manter o uso das rotas alternativas, distribuindo melhor o fluxo de veículos.

Situação semelhante ocorre na Rua Gaspar Silveira Martins, nos cruzamentos com as ruas Thomaz Flores, Capitão Pedro Werlang e Galvão Costa. Nessa região, há ainda mais rotas alternativas – popularmente conhecidas como “ruas de trás” – que poderiam ser utilizadas com mais frequência pelos motoristas. Do ponto de vista da economia, não há diferença significativa entre aumentar o trajeto em alguns quarteirões ou avançar lentamente em primeira marcha por dezenas de metros.

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Para o cidadão médio, é sempre mais fácil – quase um hábito – demandar ações do poder público. E isso não é uma crítica, visto que essa é, sim, uma das funções do Estado. No entanto, é igualmente importante refletir sobre as contribuições que cada um pode oferecer para melhorar seu próprio cotidiano e, por consequência, o da comunidade.

Santa Cruz do Sul precisa de uma mobilidade mais consciente, colaborativa e estratégica. Não se trata apenas de asfaltar mais ruas ou construir novos viadutos, mas de cultivar uma cultura urbana mais inteligente. Afinal, o trânsito não é feito apenas de carros e vias – é feito, principalmente, de escolhas.

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