Há alguns dias, lembramos da primeira casa comercial aberta na povoação de Santa Cruz, em 1861. Chamados de casa de negócios, venda, armazém ou bodega, esses estabelecimentos exerceram papel relevante nas comunidades, especialmente no interior. Lá se comprava desde comida e roupas até remédios básicos.
As vendas coloniais ofereciam especialmente aquilo que não era produzido nas propriedades, como sal, açúcar, café, farinha de trigo, erva-mate e arroz. Também tinham tecidos (fazendas) em metro. Alguns pais adquiriam peças inteiras e faziam roupas iguais para toda a família.
Armazéns mais fortes vendiam fatiotas (ternos) para casamentos e roupas para batizados e primeira comunhão. E não podia faltar o chapéu de feltro, usado nos passeios de final de semana. Alguns tinham sapatos masculinos e femininos. Chinelos de couro, tamancos e chapéus de palha tinham grande saída.
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Outro setor de destaque nos “shoppings da colônia” era o de remédios. Faziam sucesso a Pomada Preta, que curava e protegia as feridas, e a Pomada Springer, que “puxava” as impurezas que ficavam nos ferimentos causados por espinhos, pregos e picadas de insetos e cobras.
Havia também medicamentos para doenças estomacais, como o Bukru e a Olina, o Óleo de Rícino, para eliminar vermes e limpar os intestinos, e o “milagroso” Bálsamo Alemão, que protegia contra várias doenças. A crianças costumavam fugir do óleo e do bálsamo.
Ao lado disso, funcionavam os setores de ferramentas, com pás, enxadas, facões, machados, etc.; o de ferragens; miudezas (botões, agulhas, linhas, sabonetes, etc.) e o de venenos para pulgas e insetos (Gamerial, Arsênico e Tatuzinho). E o imprescindível desinfetante Creolina.
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No balcão, era possível tomar uma cerveja ou uma gasosa. A maioria das casas comerciais possuía bailanta e até quartos para os casais acomodarem as crianças que dormiam durante o baile.
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