A comunidade regional chega ao segundo final de semana da 40ª Oktoberfest, que atrai milhares de visitantes. Como repercutimos nesta edição, e os leitores facilmente poderão concluir, todos os caminhos levam ao parque do evento, mas as vias urbanas já constituem destaque à parte, com a ornamentação e, neste domingo, com o desfile temático. Que todos os que se encontram em Santa Cruz do Sul, dispostos a curtir ao máximo esse ambiente e esse clima de festa, possam desfrutar de momentos muito especiais, e que possam levar consigo as boas lembranças dessa integração.
Se os dias são de festa, também remetem aos interesses do setor que constitui a base econômica da região. A agricultura encontra-se a exatamente um mês da 11ª Conferência das Partes (COP-11) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, que ocorrerá em Genebra, na Suíça, entre os dias 17 e 22 de novembro (evento do qual a Gazeta fará ampla cobertura, como, aliás, tem feito ao longo das edições anteriores). O cenário que antecede esse encontro, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), costuma motivar apreensão em âmbito de Brasil.
Representantes da cadeia produtiva mais uma vez buscam entender qual tende a ser o real posicionamento do governo brasileiro no que tange aos principais temas em pauta na convenção. A inquietação é sempre justificada diante de tudo o que possa envolver restrições ou novas campanhas que interfiram no ambiente do cultivo, justamente porque o Brasil é o segundo maior produtor dessas folhas e desde 1993 posiciona-se como o líder absoluto nas exportações de tabaco. Para contribuir nas reflexões, e a exato um mês do início da COP-11, a Gazeta do Sul abre nesta edição, nas páginas centrais, a série “O tabaco na mesa”, em que lideranças avaliam o momento atual e as perspectivas de mais uma conferência. O primeiro entrevistado é o presidente da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA), o argentino José Javier Aranda.
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Em todas as circunstâncias, é difícil compreender que o país seja referência global em um produto agrícola legal, formal e estruturado há séculos e, no entanto, disponha-se a discutir, na Convenção-Quadro, restrições ao comércio e até à produção. E que o faça inclusive com alguns de seus representantes liderando dezenas de nações que não plantam (nunca plantaram) tabaco, mas autorizam abertamente o consumo e o hábito de fumar, como é caso da maioria dos signatários na COP. Como conceber tamanho disparate envolvendo o Brasil, que opta por afrontar um setor produtivo interno, que gera empregos, renda e tributos em cifras astronômicas, os quais bancam investimentos públicos em todo o País?
A todos os que, em algum momento, e pelas mais variadas vias, questionam o setor produtivo do tabaco, valeria relembrar a importância dessas folhas para a história e o desenvolvimento do Brasil. No Brasão de Armas da nação constam tão somente duas referências, entre as que melhor simbolizam o País: um ramo de café e uma planta de tabaco. Essas duas culturas, com sua rica identidade, digna de gerar orgulho em cada cidadão, não apenas sintetizam e simbolizam o Brasil, como bases de sua existência: merecem o respeito absoluto de todos. Bom final de semana!
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