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SANTA CRUZ

“Enredo político”, afirma Henrique Hermany sobre a Operação Controle e as mudanças no PP

Henrique Hermany | Ex-presidente municipal do Partido Progressistas (PP)

Henrique Hermany, ex-presidente municipal do Partido Progressistas (PP) | Foto: Expedito Engling

Após as reviravoltas na política santa-cruzense da última semana – marcadas pela saída da família Hermany do Partido Progressistas (PP) após filiação da vereadora e presidente da Câmara, Nicole Weber Covatti, que deixou o Podemos – o assunto tem gerado repercussão no meio político e nas redes sociais.

Na manhã desta terça-feira, 7, Henrique Hermany, ex-vereador e ex-presidente do diretório municipal do PP em Santa Cruz do Sul, falou sobre o tema em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. Durante a conversa, ele criticou a vereadora e mencionou a Operação Controle, deflagrada em 2023 pelo Ministério Público, afirmando que a parlamentar teria “criado um enredo” para se beneficiar politicamente.

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“Nesse enredo que foi criado da Operação Controle – que, aliás, tem o DNA e as digitais da vereadora Nicole -, ela começou levando as denúncias que deram origem à investigação. Eu tenho provas, que vou apresentar no momento certo, dentro do processo. Não quero tirar o ineditismo da minha defesa, mas posso afirmar que a Operação Controle tem as digitais da vereadora Nicole”, declarou Hermany.

Hermany lembrou que, após a deflagração da Operação Controle pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça, em 14 de novembro de 2023, foram realizadas buscas e apreensões em seu gabinete e residência. A operação apura irregularidades na gestão da ex-prefeita Helena Hermany.

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“Entraram lá, tiraram tudo do meu gabinete, pegaram meus computadores e reviraram a minha casa, achando que iam encontrar R$ 47 milhões. Teve até um agente do Gaeco que furava a grama de casa para ver se achava um cofre escondido. Isso porque, em uma gravação com um lojista da cidade, pedi uma caixa d’água emprestada para colocar uns peixes do meu laguinho, e interpretaram que poderia haver um cofre enterrado com os milhões no fundo da casa. Mas não acharam nada até hoje”, explicou.

Ele reiterou que vai provar sua inocência no processo e afirmou que pretende responsabilizar os envolvidos. “Eu vou provar minha inocência. Só quero que meus pais tenham saúde para verem que o que fizeram comigo foi uma barbaridade. Vou provar minha inocência por mim e por eles. E a conta política, eu vou cobrar – assim como a jurídica também”, concluiu.

“Nossa família foi chutada do partido”

Durante a entrevista à Rádio Gazeta, Henrique Hermany comentou sobre a saída de sua família do Partido Progressistas (PP), ao qual estavam vinculados há mais de cinquenta anos, na figura dos ex-prefeitos Arno Frantz, Edmar Hermany e Helena Hermany. O ex-vereador declara que foram “chutados” da sigla por interesse “pessoal, amoroso ou romântico”, se referindo ao ingresso de Nicole Weber Covatti, que é esposa do presidente estadual da legenda, o deputado federal Covatti Filho.

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Presidente municipal do PP até sua saída, na última semana, Hermany considerou a chegada da vereadora ao partido como um “verdadeiro tsunami”, o que teria resultado em uma onda de desfiliações entre os apoiadores. “Saio com convicção, com meus motivos para sair, com dor e aperto no coração pelo que foi feito no PP”, frisou.

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Segundo ele, a liderança que teria permanecido no partido seria um atual suplente de vereador, que possui um cargo em comissão no gabinete de Covatti Filho na Câmara dos Deputados. Além disso, o PP já tinha três vereadores em exercício: Ilário Keller, Jair Eich e Gerson Vargas, os quais, por regras do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), não podem deixar a legenda durante seus mandatos.

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Hermany conta que sua intenção era passar a presidência do partido para Keller, mas não conseguiram interessados para compor a comissão executiva. “É a primeira vez que isso acontece, um diretório de uma executiva vai se dissolver pelo tsunami causado com o ingresso dessa vereadora pela porta dos fundos no PP”, destaca o ex-vereador, reforçando que o Progressistas é um dos poucos partidos do município a ter um diretório eleito de forma independente.

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Ainda, o ex-vereador salientou a repercussão estadual que teve a saída da família Hermany do PP, recebendo mensagens de apoio de nomes como o deputado estadual Marcus Vinícius e do senador Luis Carlos Heinze. Agora, o destino deles será o PSD, onde possuem aliados como a ex-senadora Ana Amélia Lemos, a secretária de Saúde, Arita Bergmann, e o governador Eduardo Leite. A possibilidade de Helena Hermany se candidatar a deputada estadual em 2026 está sendo avaliada.

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Ouça entrevista na íntegra

Colaboraram Marcio Souza e Carina Weber

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