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Passa Sete

‘Era um pássaro fora da gaiola’, diz professor sobre estadia de Belchior em Murta

A morte de Belchior, ocorrida na manhã do último domingo, 30, comoveu o país. E causou muita surpresa na população do Vale do Rio Pardo, já que o músico cearense residia na região há cerca de quatro anos, sem aparições públicas e vivendo no anonimato. Até mesmo no Centro Serra o músico encontrou estadia durante este período, graças aos poucos, mas fiéis amigos que fez em terras gaúchas.

A chácara da família Trindade, na localidade de Murta, interior de Passa Sete, foi um dos refúgios encontrados por Belchior. E, possivelmente, um dos locais onde mais gostou de estar. Palavras do professor Ubiratan Trindade, sobradinhense que reside em Santa Cruz do Sul. Ele e a esposa Ingrid hospedaram o cantor no município, em 2013, e também o levaram para a propriedade rural, onde ficou por alguns dias.

Trindade lembra que, como iria viajar e ficar alguns dias fora, optou por levar Belchior para a chácara. “Ele brincou que ficaria mais perto da Argentina e então aceitou. Creio que o momento na Murta foi especial, pois ele mesmo ia no pomar colher sua fruta. Ele viveu momentos muito felizes, gostava muito da natureza. Lá, ele era um pássaro fora da gaiola”, comenta o professor, em entrevista ao Giro Regional desta terça-feira, 2.

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Para manter a identidade de Belchior em sigilo, Trindade contou aos dois caseiros da chácara que se tratava de um amigo que era professor de Filosofia de uma universidade do Ceará. “Foi só depois que ele saiu de lá que eles se deram conta de quem se tratava. Eles ficaram muito surpresos. E isso possibilitou uma sensação de liberdade para ele”, ressalta.

Por alguns dias, Belchior também ficou hospedado em Sobradinho, na casa do empresário Iboré Trindade, irmão de Ubiratan. Ele retornou para Santa Cruz, onde residiu nos últimos meses em uma residência no Bairro Santo Inácio. O cantor faleceu em decorrência de uma dissecção da aorta – um rompimento de uma das paredes da aorta, constatada na necropsia realizada pelo médico legista Mário Both, do Instituto Médico Legal (IML) de Cachoeira do Sul. 

 

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