O que era para ser uma pequena experiência com sementes ganhou proporções inesperadas na propriedade da produtora rural Claudete da Silva Pick, 57 anos, moradora da comunidade de Cerro Alegre Baixo, no interior de Santa Cruz do Sul. Ela foi surpreendida ao colher mais de cem esponjas vegetais – algumas com mais de um metro de comprimento – que cresceram livremente dentro de uma estufa originalmente destinada a outras culturas.
“As esponjas cresceram tanto que tomaram conta da estufa. Foi uma grande surpresa!”, contou Claudete. A estufa, onde normalmente ela cultiva rúcula, espinafre e outros temperos, acabou dominada pela planta trepadeira.

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As esponjas vegetais – também conhecidas como buchas – são frutos de uma planta da família das cucurbitáceas, a mesma da abóbora e do pepino. Depois de secas, suas fibras porosas podem ser utilizadas na higiene pessoal, na limpeza doméstica e até em terapias naturais.
O curioso é que Claudete nunca havia cultivado buchas antes. “Ganhei as sementes de uma senhora que sempre passa na feira onde vendemos nossos produtos. Resolvi plantar em casa, sem imaginar que vingariam tão bem, muito menos que cresceriam tanto”, relata.
A situação, que viria a se tornar curiosa, começou em outubro do ano passado, quando ela semeou as buchas em copos plásticos. A seca daquele período chegou a preocupar, mas com regador na mão, Claudete garantiu a hidratação das mudas.
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Segundo o biólogo Andreas Köhler, professor do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), o tamanho impressionante das buchas pode ser explicado por uma combinação de fatores. “Não é incomum encontrarmos buchas com mais de um metro. O tipo de semente, a adubação do solo e o clima influenciam bastante nesse resultado”, explica.
Com uma produção tão volumosa e surpreendente, Claudete e seu marido, Roberto José Pick, 60 anos, agora planejam levar as buchas para as feiras rurais da Independência e do Centro, onde já comercializam hortaliças três vezes por semana. Eles também consideram vender as esponjas no Sindicato Rural ou em agropecuárias da região.
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