O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou neste sábado, 14, em comunicado, os atentados terroristas de ontem, 13, à noite em Paris, que causaram pelo menos 128 mortos e mais de 200 feridos. “Oito irmãos, com coletes explosivos e espingardas de assalto, visaram os locais escolhidos cuidadosamente no coração de Paris”, indicou o comunicado do grupo terrorista.
“Que a França e aqueles que seguem seu caminho saibam que serão alvos do Estado Islamico”, acrescentou a organização extremista sunita. De acordo com o comunicado, os ataques de Paris foram uma resposta aos “bombardeamentos dos muçulmanos na terra do califado”, termo que o grupo utiliza para designar as regiões do Iraque e da Síria controladas pelo grupo.
A França participa na coligação internacional que realiza ataques aéreos contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. O presidente francês, François Hollande, já tinha já atribuído os ataques ao grupo terrorista, que qualificou como um “ato de guerra” cometido por “um exército terrorista” contra a França.
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François Hollande pediu aos franceses “unidade e sangue-frio”, ao mesmo tempo em que decretou o “luto nacional por três dias”, na sequência dos ataques terroristas de sexta-feira. “O que aconteceu ontem é um ato de guerra (…) que foi cometido pelo Estado Islâmico, organizado a partir do exterior e com cúmplices interiores que o inquérito deverá estabelecer”, afirmou Hollande.
O presidente da França acrescentou que falará segunda-feira, 16, no Parlamento francês, para informar sobre as medidas que adotará. Os ataques tereroristas ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras na sequência do atentado classificado por François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
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