Os indicadores de focos da dengue estão em queda em Santa Cruz do Sul. O mais recente Levantamento Rápido de Índices para o Aedes (LIRAa) apontou que a cidade encontra-se em médio e baixo risco. Os dados sobre o estudo foram divulgados pela coordenadora da Vigilância e Ações em Saúde, Francine Braga, em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM. Segundo ela, foi o menor índice desde o início das apurações, em 2021.
Conforme Francine, o LIRAa é um índice sistemático definido pelo Ministério da Saúde que visa demonstrar o nível de infestação por Aedes aegypti. Ele é realizado por amostragem e abrange o município como um todo. Neste mês, a pesquisa chegou a 0,9 em Santa Cruz. Para a análise, foram considerados 5.287 imóveis distribuídos em 1.855 quarteirões.
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Entre os dias 12 e 19 deste mês, 19 agentes de endemias realizaram a vistoria de 2,5 mil imóveis, nos quais foram coletadas 137 amostras. Destas, 29 foram positivas para o Aedes. Ainda conforme o estudo divulgado por Francine, os objetos com maiores infestações foram pneus, seguidos por baldes, potes, ralo, vidro com planta, panelas, garrafa, casca de coqueiro, caixa de correio e caixa d’água.
A coordenadora afirmou que esses dados apontam os resultados da reestruturação da vigilância para o combate ao inseto. Ela destacou ainda a realização de capacitações, contratações de agentes, compra de veículos e outros investimentos em atividades de caráter preventivo. A projeção para realização do próximo LIRAa é dezembro deste ano.
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Novas ações estão programadas
Francine Braga destacou algumas ações que serão realizadas nos próximos meses, para aprimorar o trabalho de combate à dengue no município. A primeira terá início na semana que vem, quando haverá recolhimento de pneus junto à Crepel, no Bairro Goiás. A atividade ocorrerá em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade.
Em outubro, a equipe prevê nova aplicação da Borrifação Residual Intradomiciliar para o Controle de Aedes (BRI-Aedes) em locais onde há maior presença do mosquito. Concomitantemente, haverá a aplicação do larvicida biológico nos 46 bairros de Santa Cruz.
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Ainda segundo a coordenadora, o laboratório para análise de larvas deve iniciar as operações em outubro. Na sequência, a equipe implantará o sistema de ovitrampas, armadilhas para o mosquito que serão implantadas em pontos estratégicos. “Precisamos do laboratório atuando para que as ovitrampas cheguem e a gente saiba na hora onde está a proliferação”, explicou.
Casos
Até o momento, 8.653 casos de dengue foram notificados, com 5.371 descartados, 3.117 positivos e quatro mortes registradas em Santa Cruz. Outros 165 aguardam o resultado da análise. “Não podemos baixar a guarda, porque pode aumentar em um piscar de olhos. Estamos em uma situação tranquila porque estamos em agosto, por mais que haja momentos de calor”, observou Francine.
Colaborou Ronaldo Falkenback
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