Sob protesto da oposição republicana, o governo Barack Obama tirou Cuba da “lista negra” de tráfico humano, elevando sua classificação em relatório publicado pelo Departamento de Estado nesta segunda, 27. A medida chega no mesmo mês em que os dois países restabeleceram relações diplomáticas com a reabertura de suas respectivas embaixadas, encerrando mais um capítulo de dissensão histórica entre EUA e Cuba.
A ilha foi elevada à categoria 2 da lista de observação, a de países que procuram combater o tráfico humano e o trabalho forçado, mas ainda não contemplam os requisitos básicos no tema. Desde 2003, Cuba figurava na posição 3, a mais grave do relatório.
Os EUA reconheceram esforços de Cuba como a condenação de 13 acusados de tráfico sexual em 2013 e a disposição em incluir a criminalização de todas as formas de tráfico humano em seu Código Penal. Mas apontaram a existência de mais de 51 mil pessoas forçadas a trabalhar no exterior, entre outras acusações.
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A medida foi criticada por opositores, que acusaram o governo Barack Obama de fazer uso político do relatório. O deputado republicano Chris Smith afirmou que o relatório está sendo tomando uma direção em que “os fatos têm menor peso que a agenda política presidencial”.