O recordista em mandatos na Câmara de Venâncio Aires, o ex-vereador Wilmuth Bergmann, faleceu domingo, 5, às 14h30, no Hospital Monte Alverne, de Santa Cruz do Sul. O velório ocorreu na Associação União Imigrante, em Centro Linha Brasil (Suib), onde residia, e o sepultamento foi na manhã dessa segunda-feira, 6, no cemitério nº 1 da localidade. Ele deixou enlutados a esposa Leonida Bergmann (IM) e os filhos Voni Crestani, Abílio Bergmann, Darci Bergmann, Noeli Reckziegel, Armin Bergmann, Donato Bergmann e Gleno Bergmann, além de netos, bisnetos e demais familiares.

O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, assinou decreto declarando luto oficial no município por três dias pela morte de Wilmuth Bergmann, aos 97 anos. A medida ocorreu em consideração aos trabalhos prestados e pela atuação de liderança que teve no município.

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Com 11 mandatos consecutivos na Câmara da Capital do Chimarrão, Bergmann acumulou 48 anos de vereança no currículo, sendo o recordista em Venâncio Aires. Sua primeira eleição para o Legislativo ocorreu em 1955 pelo PSD. Já o último mandato foi concluído em 2004, pelo PPB. Em cinco mandatos, totalizando 22 anos, atuou sem receber salário. Também foi presidente da Câmara nos anos de 1977 e 1978.

A trajetória política teve início por causa de um jipe que possuía na década de 1950 e que, na época, era o único carro na localidade. Foi com o veículo que ele se acostumou a ajudar pessoas, levando-as ao hospital, fosse por doença ou gravidez, para comprar remédio e ainda para casamentos. Com isso, tornou-se conhecido e querido na comunidade. Tempos depois, foi convidado para se candidatar a vereador. Ele ficou surpreso com a proposta e lembra que mais de 20 pessoas chegaram a assinar um termo pedindo sua candidatura. Logo na primeira campanha, foi o segundo vereador mais votado do município.

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Mesmo com 96 anos em 2022, o ex-vereador ainda cumpriu seu dever como cidadão. Mesmo com dificuldades para se locomover, Bergmann compareceu à sessão de número 85, em Centro Linha Brasil, onde reside. “Para mim é um dever como cidadão, enquanto a saúde me permitir, de cumprir com meu dever de participar do processo democrático”, destacou na época, após registrar o voto na urna.

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