Passados mais de nove meses desde que a enchente do Rio Pardinho devastou a cidade e o interior, Sinimbu segue enfrentando transtornos com obras de reconstrução que não começam ou não avançam. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o prefeito Wilson Molz (PSB) revelou que o motivo não é a falta de recursos financeiros e sim o quadro de funcionários reduzido, bem como a burocracia para a aprovação e execução dos projetos. Em períodos de chuva e cheia do Rio Pardinho, algumas localidades ainda ficam isoladas.
“Eu diria que estamos em um momento muito difícil, inclusive renovamos o decreto de situação de emergência”, ressaltou o gestor. Segundo ele, é preciso tomar providências urgentes para acelerar o andamento das intervenções necessárias. “Todas as licitações de pontes deram algum problema e por isso praticamente nenhuma obra se iniciou depois da enchente.” O primeiro pavimento do prédio da Prefeitura, observou, permanece com os mesmos problemas deixados pela água em 30 de abril do ano passado.
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“Infelizmente foi mais uma licitação que não deu certo, e hoje nós estamos na fase de avaliação da falha”, detalhou Molz. Outra dificuldade citada é a defasagem no quadro de funcionários da Prefeitura, que acarreta atrasos em todas as áreas e demandas.
“Temos problemas gravíssimos no setor de água, redes ainda expostas ou que foram arrasadas pela enxurrada”, disse. As limitações na mobilidade entre a cidade e o interior também resultam em perdas para o comércio.
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Ao comentar as falhas nas licitações, Molz disse que são questões técnicas e por isso não é capaz de opinar. “Existem empresas questionando o nosso setor de engenharia, é a situação mais difícil que enfrentamos hoje e por isso temos obras paradas.”
Como exemplo, citou uma empreiteira vencedora de licitação para a construção de duas pontes e problemas técnicos que impedem o início dos trabalhos há mais de três meses. “Enquanto a empresa que elaborou o projeto diz uma coisa, a nossa assessoria interna apresenta contrapontos e não aceita.”
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O prefeito reforçou que não há falta de recursos. Pelo contrário, Sinimbu dispõe de R$ 50 milhões livres para licitar 25 obras. “É uma questão de mão de obra e de liderança, de ter alguém responsável por fazer isso acontecer e dar andamento.”
Atualmente, o quadro tem apenas um engenheiro civil responsável por controlar 25 pontes, acompanhar relatórios, realizar cadastros, prestar contas e outros procedimentos. “É humanamente impossível conduzir o município assim”, disparou Molz, que está tentando contratar de maneira emergencial mais dois profissionais.
Ouça a entrevista completa com Wilson Molz:
Colaboraram Lucas Malheiros e Carina Weber
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