Em celebração à literatura e à cultura local, inicia-se nesta quarta-feira, 3, e segue até domingo, 7, a Feira do Livro de Vera Cruz, no Parque da Feira da Produção. A programação, voltada para o público infantil e adulto, terá lançamentos de livros, palestras, mostras de teatro, shows musicais e apresentações artísticas. Também serão promovidas intervenções culturais nas escolas. Nesta edição, a patrona da feira é a jornalista e escritora Heloísa Leticia Poll, que integra a equipe da Redação Integrada da Gazeta.
Em entrevista para a Rádio Gazeta FM 107,9, o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Marcelo Henrique de Carvalho, afirmou que a feira é um evento que o Município busca manter, visando incentivar a leitura, principalmente entre os adolescentes. “Nessa era digital, fica cada vez mais difícil promover a leitura. Então, buscamos incentivar ela através da feira”, destacou.
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Com entrada gratuita, a feira contará com cinco livreiros, que oferecerão obras com condições facilitadas. “Isso para que quem for à feira possa garantir exemplares para toda a família”, completou Marcelo. Além das atividades culturais, um dos destaques da programação será a Corrida Escolar, que reunirá cerca de 280 participantes na manhã de sábado. A feira se encerrará no domingo, com Desfile Cívico às 14 horas e apresentação da Banda Rosas, às 16h30.
A patrona
Natural de Santa Cruz do Sul, Heloísa Leticia Poll mudou-se para Vera Cruz aos 14 anos, onde vive até hoje. Parte da infância foi marcada pelas vivências em Rincão da Serra – então pertencente ao interior de Vera Cruz –, local onde moravam seus avós paternos e do qual guarda lembranças afetivas.
Atualmente, divide seu tempo entre o trabalho no Sítio do Vô Germano, empreendimento familiar que toca ao lado do pai, Mário André Poll, e a atuação como copywriter e repórter. Ela também integra a equipe da Redação Integrada da Gazeta.
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Formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2010, Heloísa lançou em 2023 seu primeiro livro de crônicas, Agora vai!, publicado pela Editora Vírtua, de Caxias do Sul. Apaixonada por narrativas, ela encontra na escrita a forma mais plena de dar voz às histórias e compartilhá-las com o público.
Programação
Quarta-feira, 3
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- 8h15 – Abertura oficial
- 8h45 – Mostra de teatro
- 11 horas – Intervenções culturais na saída das escolas
- 13h40 – Fala da patrona + intervenções culturais
- 13h50 – Lançamento do livro Escola São Francisco
- 14h15 – Mostra de teatro
- 16h30 – Intervenções culturais na saída das escolas
- 19h15 – Fala da patrona + bate-papo com ex-patrona Carolina Almeida
- 20 horas – Diego Dettenborn (show Clássicos do Brasil)
- 21h30 – Encerramento
Quinta-feira, 4
- 8h15 – Intervenções culturais
- 8h45 – Mostra de teatro
- 11 horas – Intervenções culturais na saída das escolas
- 13h30 – Fala da escritora Ethel Peisker
- 13h50 – Mostra de teatro
- 15h30 – Peça teatral Luz e Cena
- 16h30 – Intervenções culturais na saída das escolas
- 19h30 – Teatro Luz e Cena
- 20h15 – Noite Cultural: Banda Municipal, Coral Infantil e Oficinas de música
- 22 horas – Encerramento
Sexta-feira, 5
- 8h15 – Fala da patrona + intervenções culturais
- 8h45 – Mostra de teatro
- 11 horas – Intervenções culturais na saída das escolas
- 13h30 – Lançamento do livro A aventura da dona Aranha / Marília e Luciana
- 13h50 – Mostra de teatro
- 16h30 – Intervenções culturais na saída das escolas
- 19h20 – Fala da patrona + bate-papo com ex-patrona Marli Silveira
- 20h30 – Carmo Rosa e Banda (MPB + Clássicos do Sul)
- 22 horas – Encerramento
Sábado, 6
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- 9 horas – Corrida escolar
- 11 horas – Personagens lúdicos
- 14h30 – Palestra com Thiago Bervig
- 15h30 – Palestra com Marcelo Soares
- 16h30 – Banda Viúva Negra
Domingo, 7
- 14 horas – Desfile cívico
- 16h30 – Banda Rosas (Palestra-show Setembro Amarelo
Entrevista com Heloísa Poll
Jornalista e escritora, patrona da Feira do Livro

O que representa para ti ser a patrona da Feira do Livro de Vera Cruz e qual a expectativa de curtir o evento e as atividades?
Ter sido convidada para ser a patrona da edição de 2025 é uma grande honra. Sem dúvida, motivo de muita alegria e felicidade. Apesar de ser uma jovem escritora, com apenas uma obra lançada, acredito que todas as vivências podem ser inspiradoras. Felizmente, as que escrevi no meu livro já divertiram muitas pessoas. E tantas outras histórias foram inspiração para que eu escrevesse as minhas. É assim, aliás, que espero aproveitar esses cinco dias. Aprendendo com todos aqueles que estiverem envolvidos, sejam professores, estudantes, expositores, autores, organizadores. De alguma forma, espero poder incentivar vera-cruzenses e visitantes a acreditarem em suas vivências e, quem sabe, a também escreverem seus próprios livros. Por sinal, essa ideia da organização, de valorizar os escritores locais, é fundamental para que os amantes da literatura se sintam ainda mais motivados a trilhar o mesmo caminho.
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És jornalista, com atuação nessa área. O que te levou também à literatura e o que a elaboração de crônicas apresenta como desafio e diferencial?
Sempre gostei muito de escrever. Desde os tempos de escola. Lembro que uma das professoras de Geografia pedia relatórios das excursões feitas em turmas. Eu amava escrever aqueles relatos. Assim, fui desenvolvendo a escrita, sempre tentanto mesclar pontos de humor e de imaginação. As crônicas que deram forma ao meu livro, por exemplo, eram publicadas nas redes sociais. Eu escrevia para me curar de alguma situação vivida. Dando forma ao texto, me curava e, por fim, ainda divertia os leitores, que sempre deram feedbacks nesse sentido. Essa foi a grande motivação para a criação do livro.
Lançaste uma seleção de crônicas no livro Agora Vai! Tens planos de publicar mais livros? E, nesse caso, também de crônicas ou em outro gênero?
Sem dúvidas, já tenho material para mais um livro. Assim como no Agora vai!, há diversos textos publicados, sobre diferentes situações cotidianas. Uma ida ao mercado, uma viagem, um dia de passeio. As crônicas do primeiro focaram mais os romances (quase) vividos ao longo de praticamente uma década. Os “agora vai” que não foram, como costumo dizer. Uma segunda obra, do mesmo gênero (crônicas), não está descartada, embora não tenha datas definidas ou algo mais concreto nesse sentido. Apenas a temática mudaria.
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De que forma Vera Cruz se faz presente em tuas produções, como jornalista e escritora, e o que mais te encanta em tua terra?
Nasci em Santa Cruz do Sul no ano de 1988. Passei a residir em Vera Cruz em outubro de 2002, quando me mudei com a família. Apesar disso, sempre tive relação com o munic´ípio, uma vez que meus avós paternos, Walter e Lydia Poll, moravam em Rincão da Serra. Já escrevi algumas vezes sobre essas vivências. O fato é que, de alguma forma, sempre encontrei inspiração em terras vera-cruzenses, mesmo não escrevendo diretamente sobre elas. Acredito que um escritor nasce da vida que ele lê ao longo de sua trajetória. Tive uma infância muito rica. Minha mãe Juliana e e meu pai Mário sempre me incentivaram e a meu irmão Eduardo a sermos bons leitores e estudantes, mas, acima de tudo, boas pessoas. Sempre gostei muito de ouvir os outros, as histórias de vida, experiências. Em Vera Cruz tive vivências inesquecíveis que ajudaram a moldar a pessoa, escritora e repórter que sou hoje. Sou muito grata a todas as oportunidades que já tive, enquanto moradora desse município que prospera a cada ano. Espero poder representar a Feira do Livro da melhor forma. Será mais um período inesquecível e de muito crescimento.
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