Já se consagrando como um dos grandes espaços para shows de Santa Cruz do Sul, o Centro de Eventos do Parque da Oktoberfest viveu uma noite mágica nesse sábado, 28. Nem mesmo o frio de cerca de 10 graus ou a chuva torrencial impediram que centenas de pessoas fossem ao local à espera da grande estrela da noite. Parecia que tudo isso tinha se cessado quando, pouco depois das 23 horas, subiu ao palco Humberto Gessinger, com seus inconfundíveis cabelos loiros, timbre de voz marcante, destreza para alternar entre diferentes instrumentos e memoráveis letras autoirônicas.
Mesmo após o fim da banda Engenheiros do Hawaii, o músico seguiu rodando o Brasil levando suas composições mais icônicas. Santa Cruz estava fora desse itinerário desde 2016, mas o reencontro atendeu a todas as expectativas. Marcando uma nova etapa da turnê Revendo o que nunca foi visto, que está na estrada desde janeiro, o setlist é formado por músicas dos dois discos acústicos gravados pela banda: Acústico MTV (2004) e Acústico: Novos Horizontes (2007). O show em Santa Cruz coincidiu com o dia seguinte ao lançamento do novo álbum alusivo a esse repertório.
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Os primeiros acordes tocados pela banda, formada ainda por Felipe Rotta no violão, Fernando Peters no baixo, Paulinho Goulart no acordeon e Rafael Bisogno na bateria, já indicaram que começava um dos grandes hits da época de Engenheiros: O Papa é Pop, de cujo primeiro verso foi retirado o nome da turnê.
Revendo o que nunca foi visto é um nome adequado para o show, que mesclou os sucessos essenciais dos 40 anos de estrada de Gessinger, em sua maioria ainda sob os Engenheiros; com o tom de novidade dos lançamentos da carreira solo. Logo na sequência, canções atemporais, como Até o fim, Eu que não amo você, Dom Quixote, Toda forma de poder e 3×4 foram interpretadas a plenos pulmões pelo público – os mesmos que acompanharam atentos aos lançamentos mais recentes: Paraibah, uma parceria com Chico César que chegou ao mundo em abril deste ano, e Sem piada nem textão, divulgada em maio. As inéditas trouxeram um ar de frescor ao set que percorreu as lembranças de diferentes gerações de jovens.
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Do alto de seus 61 anos, Gessinger encantou o público com sua energia inconfundível e a atemporalidade de suas quatro décadas de composições. Mostrou como dominava aquele repertório melhor do que ninguém, alternando entre o violão, a gaita de boca, a viola caipira, o piano, o bandolim e o baixo e se dando o prazer de fazer pequenas alterações nas letras para agradar o animado público santa-cruzense.
O ato se encerrou com um dos números mais esperados pela multidão, Infinita Highway. Logo depois de sua saída, Gessinger atendeu aos pedidos de “mais um” entoados pelo coro e voltou ao palco com um trio que mexeu com as emoções dos presentes: Refrão de Bolero, Pra ser sincero e Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones, mescladas com trechos de De fé e No delta dos rios, deixando enfim a plateia satisfeita.
Com raízes na região, visto que seu pai, Huberto Aloysio Gessinger, era natural de Vera Cruz, o artista deixou Santa Cruz do Sul com um gosto de “quero mais” e mantendo o público já na expectativa pela próxima apresentação. Com produção de Spectare e Bastidores, o show teve apoio de Clube do Assinante Gazeta e Rádio Gazeta FM 99,7.
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Confira fotos do show de Humberto Gessinger em Santa Cruz











