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Francisco Teloeken: “Dia dos Pais pode ser uma oportunidade em relação à administração das finanças”

Foto: Freepik

É uma data especial, como tantas outras, que nasceu nos Estados Unidos. Só depois que a artista e escritora do estado de Washington, Sonora Smart Dodd, em 1910, teve seu primeiro filho ela percebeu a tarefa realizada por seu pai que, após a morte de sua mãe, ao dar à luz ao sexto filho, criou sozinho seus filhos.

Ao propor a criação do Dia dos Pais, a ideia de Sonora era celebrar a data no dia 5 de junho, dia do aniversário de seu pai, mas a celebração só aconteceu em 19 de junho porque o pastor que realizaria a celebração precisou de mais tempo para preparar o sermão adequado. Só na década de 1960, o presidente americano Lyndon Johnson determinou que esse dia deveria ser comemorado no terceiro domingo de junho. Em 1972, o presidente Richard Nixon transformou o Dia dos Pais em feriado nacional.

No Brasil, a celebração do Dia dos Pais foi proposta, pela primeira vez, em 1953, pelo jornal O Globo. Por iniciativa do publicitário Sylvio Bhering que, na época, era diretor do O Globo e da Rádio Globo, o jornal carioca publicou, no dia 15 de agosto de 1953, um texto com o título de “Dia do Papai”, através do qual os filhos demonstrariam um “enternecido reconhecimento que devem a quem lhes consagra energia e desvelos, preocupações e esperanças.”  

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Inicialmente, era uma data fixa (16 de agosto), mas que não se mostrou muito vantajosa para a venda de anúncios publicitários e o comércio, porque, na maioria das vezes, cairia em dias úteis. Fixou-se, então, o segundo domingo do mês de agosto para celebrar o Dia dos Pais no Brasil.

Por convicções pessoais, há quem ignora as datas especiais de mãe, pai, criança, mulher, avós, namorados. Para a maioria, entretanto, além dos encontros especiais e dos presentes, é uma data para lembrar daquilo que os pais nos disseram, mostraram, ensinaram e, principalmente, nos fizeram de bom. 

Os pais influenciam os filhos de modo único: desempenham o papel de desafiá-los, incentivando-os a correr mais riscos e desenvolvendo neles as capacidades emocionais e cognitivas para enfrentar o mundo. A interação típica masculina com os filhos é bastante diferente da feminina. Estudos mostram que os pais – com mais frequência do que as mães – preferem brincadeiras que envolvem atividades físicas: balançar a criança nos joelhos, jogá-la para cima, caminhar com ela sobre os ombros, simular lutas e perseguições, para aflição e desespero de muitas mães super-protetoras.

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Nos anos 1980, um comercial de TV criou uma frase muito forte para a época e que antecipou o início de uma mudança na atuação dos pais na relação familiar: “não basta ser pai, tem que participar”. Por imposição da recente pandemia do coronavírus, por necessidade, opção ou convicção, muitos homens estão assumindo totalmente ou, pelo menos, dividindo tarefas que os “usos e costumes” diziam que eram de mulher, mesmo que conciliar vida profissional e paternidade, muitas vezes, não seja fácil, exigindo abrir mão de happy hours, rodas de chope, futebol com os amigos etc.

De qualquer maneira, em muito lares já existem homens que, com muita tranquilidade e sem qualquer trauma de “machismo”, assumem as tarefas de “donos de casa”, cabendo à mulher o papel de provedora financeira. Outros, nos casos de divórcios, compartilham a guarda de filhos menores, autorizada por lei sancionada em 2014.

O Dia dos Pais pode ser uma oportunidade não só para comemorar, mas também para ser o início de mudança na vida de toda a família em relação ao uso e à administração dos recursos financeiros. Uma das providências, geralmente esquecidas, seria programar as datas especiais de maneira a prever o custo dos presentes e a respectiva reserva de dinheiro para comprá-los ou, pelo menos, ter margem no cartão de crédito e saber quanto de prestação cabe no orçamento mensal. É fundamental, também, certificar-se do que o pai está precisando e buscar unir o útil ao agradável.   

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Vivendo numa sociedade consumista, nem sempre é fácil dar uma “puxada no freio de mão”, em rever gastos e, principalmente, controlar despesas. Como pais, então, a preocupação deve ser redobrada, afinal, entre o ser pai e a sua situação financeira, existem os filhos e o seu futuro que muitas vezes depende do apoio financeiro da família; afinal, não há presente maior para um pai do que ver seus filhos bem encaminhados na vida.

Reinaldo Domingos, educador financeiro, autor de livros e criador da DSOP Educação Financeira, além de outras atividades, divulgou há algum tempo, em seu canal Dinheiro à Vista, um vídeo em que sugere aos pais seguir cinco passos para ter uma vida financeira mais próspera, o que pode ser aplicado por outras pessoas também:

  • 1) fazer um diagnóstico da situação financeira atual: é um raio x de como estão as finanças;
  • 2) listar os sonhos coletivos da família e os de cada integrante: o que querem realizar ou comprar? em quanto tempo? qual é o custo? De onde vão retirar os recursos?
  • 3) elaborar um orçamento financeiro: substituir o antigo padrão de orçamento – receitas (-) despesas = sobra/falta – por um padrão que muda o modelo mental das pessoas – receitas (-) valor dos sonhos (-) compromissos assumidos (-) reserva estratégica (=) despesas normais;
  • 4) “carimbar” com uma finalidade o valor dos sonhos que for poupado, sob pena de ser usado para qualquer outra finalidade, às vezes apenas para atender a algum desejo;
  • 5) investir o dinheiro “carimbado” em algum produto financeiro para, no mínimo, protegê-lo da desvalorização da inflação e, também, ganhar algum rendimento.

Por fim, nesta data especial, não se pode esquecer das mães que exercem o papel de pais. Conforme dados de gênero, divulgados pelo IBGE, mais de 37% dos domicílios brasileiros são chefiados por mulheres. Nessas famílias, 90% são mulheres sem parceiros e com filhos. Para elas, o desafio é ainda maior. Entender essas transformações no perfil do pai brasileiro pode ajudar a melhorar a sociedade.

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» Confira no link sugestão de teste para pais e filhos avaliarem o nível de conhecimento sobre o uso e administração dos recursos financeiros da família.

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