O Santa Cruz escapou da queda para a Série B do Campeonato Gaúcho de 2015 na última rodada da primeira fase porque o Rio Grande perdeu para o Riograndense em Santa Maria. As duas equipes de pior campanha no Grupo B daquele certame terminaram com oito pontos cada, mas o Galo levou vantagem no saldo de gols e o Vovô caiu para a Terceirona junto com o Nova Prata – por ter desistido da competição, o Cerâmica, de Gravataí, foi direto para a degola. Agora, em 2016, Riograndense e Marau ficaram na última colocação de cada uma das chaves e a terceira equipe que desce para a B será definida em dois confrontos entre os sétimos colocados. Um deles é o Santa Cruz, que vive novo drama aos 103 anos de existência. O adversário será o Santo Ângelo.
O presidente do Santa Cruz, Sérgio Pilz, não entrega os pontos e diz que o momento é de nova remobilização para evitar a queda. “Vamos tentar fazer o máximo para que a gente permaneça na Segundona. Vai ser uma experiência para os mais novos e uma rotina para quem já está acostumado com decisões”, observou. A Federação Gaúcha de Futebol confirmou ontem as datas e horários dos confrontos da repescagem da Série A2. O primeiro será amanhã, às 15h30, em Santo Ângelo e segundo no próximo sábado, no mesmo horário, em Santa Cruz do Sul.
Dos cinco pênaltis a favor do Santa Cruz na primeira fase, quatro foram desperdiçados, o que, na visão do presidente do clube, teve influência direta para chegar na situação atual. Porém, Pilz isenta os jogadores Julinho e Fábio Buda, que não converteram uma e três penalidades, respectivamente. “Não podemos achar culpados, mas também não podemos negar que o time sentiu isso. Tivemos resultados complicados”, lamentou.
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O planejamento foi feito de acordo com a realidade financeira, garante Pilz. “Nos propusemos a fazer um time mais jovem em função da receita. Administramos com responsabilidade. Não adianta fazer algo grandioso e depois deixar um rombo gigante. O que desejamos é estruturar o clube, independente do próximo presidente que assumirá. Temos que estar financeiramente sadios”, sublinhou o presidente, que lamentou o rendimento do time depois de uma boa arrancada na Série A2. “Tivemos uma situação boa, com bons jogos. Isso que nos deu esperança. Achávamos que estávamos bem, só que acabamos tendo muita dificuldade”, reconheceu.
Apesar da campanha ruim, Pilz entende que não faltou comprometimento do elenco. “Podemos ir mal tecnicamente, mas os jogadores sempre procuraram se dedicar em campo”, atestou o mandatário, para quem a troca de treinador também pesou no desempenho da equipe. O Santa Cruz começou o campeonato com Betinho Ijuí. Depois, Rodrigo Bandeira assumiu e ficou apenas duas semanas no cargo. Agora, Leco tem a missão de comandar o Galo na tentativa de impedir o rebaixamento para a Terceirona. “Essas situações influenciam. Temos mais uma chance de nos manter e vamos fazer o possível”, prometeu Sérgio Pilz.
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