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SANTA CRUZ E SINIMBU

Gravação de filme é motivo de empolgação no interior

Foto: Alencar da Rosa

Travessão Dona Josefa é um dos lugares escolhidos como locação para longa-metragem

Uma história de amor vai abalar o interior de Santa Cruz do Sul e de Sinimbu a partir de abril, quando começam as gravações do longa-metragem InfiniMundo, a ser dirigido por Bruno Martins. A informação sobre a produção do filme, reforçada na Gazeta do Sul da última quarta-feira, instigou a curiosidade de moradores das localidades do interior, interessados em contribuir participando na figuração.

O enredo é sobre um jovem forasteiro que se apaixona pela cantora de uma banda local, da cidade fictícia batizada de Bons Costumes, que ganhará vida por meio das localidades de Travessão Dona Josefa, em Santa Cruz do Sul, e Linha Rio Grande, em Sinimbu, onde a produção será filmada.

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O produtor-executivo do filme, Diego Müller, que trabalha em conjunto com seu irmão, Pablo, explica que, apesar da rica tradição dessas localidades do interior, conectadas com a cultura germânica, a produção do longa escolheu o interior de Santa Cruz e Sinimbu por serem locais isolados, que vão facilitar a produção das imagens.

“A gente não tem compromisso com cultura germânica ou italiana. Tem que ser um lugar isolado, e encontramos esses pequenos ‘cantos’ que, de alguma maneira, conforme a gente imagina filmar, podem representar direitinho uma pequena comunidade isolada”, afirma.

Na segunda semana de abril, uma equipe de 50 pessoas estará trabalhando nas filmagens de InfiniMundo. Segundo Diego, a previsão é de que as gravações demorem cerca de três semanas. Em metade do tempo a equipe ficará em Travessão Dona Josefa, e na outra metade em Sinimbu.

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A curiosidade da população local não será empecilho, destaca o produtor. “Estamos acostumados a filmar em todos os lugares do Brasil. As pessoas têm curiosidade, é normal”, salienta Müller. “Não acreditamos que vá atrapalhar, não temos preocupação quanto a isso.” A maioria das cenas será gravada em espaços abertos, com apenas “duas ou três” sequências em locais internos.

Eles querem ser figurantes

Participante do Grupo de Teatro Rio Pardinho, que ensaia no Centro Integrado Entre Gerações (Cieg) em Rio Pardinho, a aposentada Ivone Machado, de 73 anos, se voluntariou para estar entre os figurantes de InfiniMundo. Ela procurou informações sobre a seleção e mandou fotos para tentar ser selecionada. “Seria um grande orgulho para mim poder participar. Aqui o teatro sempre foi cultural, tem um palco muito bonito”, lembra. Ela inclusive atuou na peça que abriu os trabalhos do grupo de teatro do Cieg, em 2019. Der Hausfreund foi adaptada da obra do ator e diretor alemão Roman Riesch, que morou em Rio Pardinho na década de 1930.

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Expectativa grande: Wally, Ingo e Ivone se candidataram para atuar como figurantes

O casal Wally e Ingo Heinen também atua no Grupo de Teatro Rio Pardinho, que teve suas atividades iniciadas em 2015. Eles se interessaram quando viram na Gazeta do Sul que a produção do filme aconteceria perto na vizinhança. “Ficamos muito felizes por terem escolhido o interior. Estamos aí para colaborar no que precisar, é uma satisfação muito grande”, afirma Wally, de 68 anos. Ainda sem saber qual será o lugar exato onde serão feitas as gravações, ela comenta que existem diversos locais bonitos no interior que poderiam servir à produção do filme para realizar as imagens.

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O marido de Wally, Ingo Heinen, é outro participante do grupo de teatro de Rio Pardinho que se dispôs a auxiliar. Ator e iluminador no seu grupo, o aposentado afirma que se sentiu em dúvida sobre se voluntariar ou não para uma produção profissional, mas disse que seria interessante ajudar da forma que puder.

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“Com o tempo, fomos amadurecendo a ideia de participar, nem que seja como uma pessoa que mostre o que é nosso interior. Tenho uma expectativa de que a realização desse longa-metragem vai trazer mais gente interessada no nosso grupo, que ainda é pequeno, e talvez possa aumentar e tornar-se mais forte”, comenta Ingo.

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