O Grêmio anunciou a contratação do técnico português Luís Castro, de 64 anos. Ele assinou contrato por duas temporadas. Após passagem pelo Botafogo entre 2022 e 2023, esteve no Al Nassr, da Arábia Saudita, e no Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos. No Fogão, foram 79 jogos, com 42 vitórias, 15 empates e 22 derrotas.
O custo de toda comissão técnica do português deve ficar em torno de R$ 2 milhões por mês. A ideia é que o Grêmio busque também um profissional de head scout (análise de dados) alinhado com o novo treinador. Castro é conhecido por aproveitar as categorias de base. O Grêmio valoriza muito a geração sub-17, com nomes como Luis Eduardo, Tiaguinho e Gabriel Mec, que estavam com a Seleção Brasileira da categoria na Copa do Mundo deste ano.
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A comissão técnica terá os auxiliares Vitor Severino e Pedro Mané, o preparador de goleiros Daniel Correia, o analista de desempenho Nuno Baptista e os preparadores físicos Roberto Júnior e Nuno Cerdeira. Castro é o segundo técnico europeu da história a assumir o comando do Grêmio. Antes dele, o húngaro László Székely havia treinado o Tricolor em 31 oportunidades no ano de 1954.
Características do trabalho
Luís Castro começou a carreira em clubes pequenos de seu país e também na base do Porto, onde trabalhou no desenvolvimento de jovens. Seu nome apareceu com maior destaque quando treinou Shakhtar Donetsk com um elenco recheado de brasileiros.
Nomes como os brasileiros Marlos, Marcos Antônio, Taison, Junior Mores e Alan Patrick estavam no elenco campeão ucraniano em 2020. O atual camisa 10 do Inter foi usado como volante por Luís Castro no que mostra uma de suas ideias: a de trazer qualidade para o iniciação das jogadas.
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Luís Castro tem o 4-2-3-1 como esquema principal. O português tem duas bases que não costuma abrir mão. A primeira é a marcação alta, onde os quatro jogadores do setor ofensivo precisam pressionar a saída de bola do adversário. A outra é que os zagueiros precisam se acostumar a jogar em linha alta. Ele tem perfil ofensivo. No Shakhtar, por exemplo, montou um time com maior valorização da posse de bola. No Botafogo, onde saiu para treinar o Al Nassr quando liderava o Brasileirão, em 2023, usou muito dos ataques diretos. O time carioca era muito eficiente em atacar assim que recuperava a bola explorando as fragilidades do adversário.
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