A Polícia Civil, através da Delegacia de Policia de Venâncio Aires, concluiu uma investigação que apurou a atuação de um grupo criminoso responsável por uma série de golpes financeiros praticados, principalmente, contra pessoas idosas no município de Venâncio Aires. Ao todo, mais de dez vítimas foram identificadas, com prejuízos que, somados, ultrapassam R$ 470 mil.
Com a conclusão do relatório final, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva de dois dos investigados, medida que foi deferida pela Justiça. Os mandados foram cumpridos nessa terça-feira, 23, pela Brigada Militar, no Bairro Bela Vista, em Venâncio Aires. Ambos detidos são familiares e estavam entrando em uma residência no momento da prisão. Eles foram encaminhados à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires. Um terceiro investigado também foi indiciado, mas sem decretação de prisão preventiva neste momento.
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A investigação, que tramitou por meio de diversos inquéritos policiais reunidos em um relatório final, identificou um modus operandi reiterado, no qual os investigados se aproximavam das vítimas, muitas vezes valendo-se de relações de confiança, proximidade familiar ou amizade, para convencê-las a realizar empréstimos ou transferências bancárias sob falsas promessas de devolução rápida de valores.
Conforme apurado, o grupo utilizava narrativas semelhantes em todos os casos, afirmando possuir grandes quantias de dinheiro supostamente bloqueadas em órgãos públicos ou instituições financeiras, alegando a necessidade de valores imediatos para pagamento de multas, taxas ou liberação desses recursos. Em outras situações, os investigados se aproveitavam do acesso às contas bancárias das vítimas para realizar empréstimos consignados e transferências sem autorização.
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A maior parte das vítimas possui idade superior a 60 anos, o que caracteriza agravamento das condutas investigadas. Também foi constatada a atuação organizada do grupo, com divisão de tarefas entre os integrantes, incluindo captação das vítimas, movimentação financeira e ocultação dos valores obtidos.
A investigação foi oficialmente remetida ao Poder Judiciário no dia 19 de dezembro, com o indiciamento dos envolvidos pelos crimes de estelionato majorado, furto qualificado e associação criminosa. As apurações demonstraram que as práticas ilícitas ocorreram ao longo de vários anos, com reiteração criminosa e exploração da vulnerabilidade das vítimas.
O delegado responsável pelo caso, Guilherme Dill, destacou a importância do trabalho investigativo. “Esse tipo de crime exige investigação aprofundada e técnica, especialmente quando envolve vítimas vulneráveis. O trabalho da Polícia Civil permitiu identificar a estrutura do grupo, reunir provas e encaminhar os responsáveis à Justiça”, reforça.
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