Giovani Fonseca, acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foi condenado pelo Tribunal do Júri, em Encruzilhada do Sul, a 30 anos de reclusão pela morte de sua ex-companheira, Karolaine Matos Geyer, de 24 anos à época. O crime foi registrado em outubro de 2023, na residência do casal, no Bairro Vila Xavier.
As qualificadoras reconhecidas no júri foram motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, no contexto de violência doméstica e familiar. O réu já aguardava o julgamento preso, após permanecer foragido por oito meses.
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O promotor de Justiça Ulysses Fernandes Moraes Luz atuou na acusação pelo MPRS no julgamento, que ocorreu nesta terça-feira, 5 de agosto. “O caso de Karolaine é um retrato brutal da violência de gênero que enfrentamos. O réu agiu com extremo ciúme e sentimento de posse, com a intenção clara de tirar a vida da vítima, ceifando seu futuro de forma covarde e cruel”.
O Tribunal do Júri em Encruzilhada do Sul acolheu integralmente a tese do Ministério Público e reconheceu a gravidade do feminicídio. Para o promotor, “a condenação a 30 anos de reclusão é uma mensagem clara de que crimes como este não ficarão impunes. É uma vitória da justiça e um alento para a família de Karolaine”, destaca.
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O crime
Na manhã de 29 de outubro de 2023, na residência do casal, Giovani assassinou Karolaine Matos Geyer, sua ex-companheira. O crime ocorreu no contexto de um relacionamento marcado por controle excessivo e violência, do qual a vítima tentava se desvincular. Após ser imobilizada pelo pescoço, ela foi atingida por pelo menos 18 golpes de faca, que causaram sua morte pouco tempo depois.
“Uma tia ouviu os gritos por socorro, foi até a casa e deu de cara com o namorado dela saindo pela porta”, detalhou o delegado Róbinson Palomínio à Gazeta do Sul na ocasião. “A tia da vítima perguntou o que aconteceu e esse rapaz gaguejou e fugiu para um mato. A parente então entrou na casa e viu muito sangue no quarto e a Karolaine com os golpes de faca, pedindo para não morrer”, complementou. A tia e o pai da vítima levaram ela para o hospital, mas a jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu, principalmente em virtude de ter perdido muito sangue.
Com informações do Ministério Público do Rio Grande do Sul
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