Um adolescente de 17 anos foi apreendido pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira, 25, no Bairro Faxinal Menino Deus, em Santa Cruz do Sul. Ele é apontado em uma investigação da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) como autor do homicídio de Roberto da Silva, de 36 anos. O homem foi morto com disparos de arma de fogo que atingiram as costas e o abdômen, na noite de 9 de março, na Rua Treze de Maio, no Faxinal Menino Deus.
Conforme o delegado Alessander Zucuni Garcia, informações iniciais apontavam que o crime teria sido motivado por uma represália, em virtude de um furto cometido por Roberto contra um morador. “Terminamos por confirmar esses detalhes, de que a vítima teria furtado uma bicicleta de uma pessoa no bairro e esse jovem, que tem ligação com o tráfico de drogas, teria o assassinado em reprimenda, a fim de cobrar ele por esse crime.”
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O delegado detalha que esse tipo de represália acontece em áreas conflagradas por lideranças do tráfico de drogas. “É uma regra que se cria a partir do que os traficantes tentam impor, que é proibido crime patrimonial no bairro”, explicou Alessander. Dias antes da apreensão, em um mandado de busca, foi localizado na casa do jovem uma quantidade considerável de entorpecentes. A arma do crime, possivelmente um revólver, não foi localizada.
Homicídio duplamente qualificado
O adolescente apreendido foi conduzido até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul para registro do fato. Durante a tarde desta segunda-feira, foi levado pela Polícia Civil até a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), de Porto Alegre. Ele vai responder por homicídio duplamente qualificado. As qualificadoras – dispositivos que podem ampliar a pena – foram elencadas pela motivação torpe, em virtude da reprimenda pelo furto; e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, pois Roberto estava na via pública e foi pego de surpresa pelo atirador.
O nome do jovem apreendido não foi revelado pelas autoridades policiais. Segundo o delegado Alessander, as investigações seguem. “Embora não tenhamos obtido elementos que indiquem a possibilidade de um possível mandante, vamos dar sequência às diligências para exaurir por completo esta questão”, finalizou o delegado responsável pela 2ª DP.
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