Os moradores da Linha do Rio, em Candelária, viveram um domingo especial. Em comemoração ao aniversário de 35 anos do Departamento de Veteranos do Olarias, a comunidade lotou o Estádio Frederico Schuck para acompanhar o amistoso entre os veteranos de Olarias e Grêmio. A partida marcou a retomada definitiva da normalidade na localidade que foi uma das mais atingidas pela enchente em 2024.
Os torcedores puderam ver a atuação de nomes históricos do tricolor, como Iura (campeão gaúcho de 1977), Mazaroppi, Paulo Roberto, Luis Eduardo, Baidek, Casimiro e China (campeões da Libertadores da América e do Mundo, em 1983). Também marcaram presença ídolos como Carlos Miguel, Arilson, André Vieira e Alexandre Gaúcho (bicampeões da Libertadores da América, em 1995). Outros destaques em campo foram João Antônio (autor de um dos gols contra o Flamengo na final da Copa do Brasil de 1997), Luis Mário (tetracampeão da Copa do Brasil, em 2001) e Cláudio Pitbull (semifinalista da Libertadores, em 2002). Com eles ainda estavam Teco (vice-campeão da Libertadores da América, em 2007), Anderson Pico (vice-campeão brasileiro, em 2008), o goleiro Marcelo Pitol, revelado pela base, entre outros nomes históricos do tricolor.
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Em campo, o amistoso evidenciou a diferença técnica entre ex-atletas profissionais e amadores e terminou com vitória do Grêmio por 4×2, gols de Luis Mário, três vezes, e Teco. Para o Olarias marcaram William Aggens e Gustavo Rohde. Campeão do mundo com o Grêmio, em 1983, Paulo Roberto observou que o futebol proporciona alegria e integração. “É muito legal para nós podermos participar deste momento de alegria depois das dificuldades que enfrentamos no Rio Grande do Sul. Os torcedores puderam acompanhar ex-jogadores do Grêmio, de épocas diferentes, e para nós foi gratificante levar um pouco de afeto e carinho para as pessoas”, disse o ex-lateral. O zagueiro Teco destacou a alegria de confraternizar com a comunidade de Candelária. “Só temos a agradecer pela oportunidade de fazer parte deste dia especial e de poder retribuir este carinho fazendo o jogo festivo”, relatou o zagueiro.


Sobre a situação difícil do Grêmio, o atacante Cláudio Pitbull, que vivenciou realidade semelhante em 2003, relatou que o time pode superar. “O momento não é bom, mas acredito que dá para melhorar. O Grêmio precisa voltar a ser forte na Arena e ganhando os jogos dentro de casa, acredito que vamos ter a pontuação suficiente para atingir os 45 pontos. O Grêmio é imortal e a gente nunca desiste”, disse o atacante.
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O presidente dos Veteranos do Olarias, Rafael Rancheski, destacou que o evento foi um recomeço para todos. “Foi uma festa grandiosa, que a comunidade merece. Fomos severamente prejudicados pela enchente e hoje poder estar aqui, ver grandes ídolos do Grêmio e poder estar confraternizando, é o símbolo de que o recomeço é possível”, declarou.
Após o jogo, houve almoço seguido de baile ao longo da tarde. Muitos torcedores aproveitaram para pegar autógrafos e registrar em fotos o dia histórico vivido na Linha do Rio.
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Bicampeões da América relembram título
Titulares do time comandado por Luiz Felipe Scolari na histórica conquista da Libertadores da América de 1995, Arilson e Carlos Miguel também estiveram no amistoso em Candelária. Os dois ex-jogadores relembraram a histórica conquista obtida há 30 anos, no dia 30 de agosto de 1995, no empate em 1×1 contra o Atlético Nacional, em Medelin, na Colômbia, após vitória por 3×1 no jogo de ida em Porto Alegre.

A dupla de meias repetiu a dobradinha de 95 no amistoso em Candelária para alegria da torcida gremista. Em entrevista à Gazeta do Sul, os dois jogadores lembraram com carinho da histórica conquista. “A Libertadores de 95 foi um título importante que todo jogador gostaria de ter; trabalhamos muito para conseguir. A partir daquele momento formamos uma geração vencedora e com muitas outras conquistas, como a Recopa, Brasileiro e Copa do Brasil. Aquele grupo tinha muita amizade”, destacou Carlos Miguel. Para Arilson, o título representou a oportunidade de ser convocado para a Seleção Brasileira, na época. “Foi um momento muito especial para mim, pois tive a convocação para a Seleção e depois eu fui jogar na Europa. Aquele time era forte porque a gente era uma família. Um ajudava o outro. Aquele grupo foi vencedor porque treinava e se concentrava; somos considerados um dos melhores times do Grêmio na história”, finalizou o meia.
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