Margem Equatorial – Está em debate a provável exploração de jazidas petrolíferas na nominada “margem equatorial”, uma área oceânica que se estende ao longo do litoral dos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
O governo federal está empenhado na superação de obstáculos legais e ambientais, embora haja rara resistência. Em outras palavras, cedo ou tarde, o governo alcançará seu objetivo.
A ironia nessa empreitada é que as circunstâncias revelam graves contradições. Afinal, o Brasil subscreve(u) uma série de documentos em prol da redução dos combustíveis fósseis. Mais: será o anfitrião da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima (COP 30), a realizar-se em Belém (PA).
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Tanto em relação às várias contradições quanto ao próprio fato em si (a exploração petrolífera em águas oceânicas), também chama atenção o silêncio da chamada e auto denominada elite cultural, artística e ambiental.
Sempre atuante e presente nesses temas em defesa do meio-ambiente, porém, notória, intensa e agressivamente quando os governantes são outros, sobretudo quando aqueles não alinhados com seu espectro ideológico. Comumente, é o que denominamos de hipocrisia!
Diplomacia relativa – Historicamente, o Brasil exercita uma política de relações internacionais guiada pela moderação e o respeito à livre determinação dos povos. Isto é, respeita as deliberações internas de outras nações, sejam sociais, econômicas e políticas.
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Desde sempre, essa é uma diretriz valiosa no âmbito do Ministério das Relações Exteriores. Porém, mais importante ainda desde o advento expressivo da globalização política e mercantil.
Dito isso, como é possível e factível que o presidente do Brasil rotule ideológica, ofensiva e intempestivamente um candidato presidencial de outra nação (Donald Trump), no decurso do delicado processo eleitoral norte-americano, nominando-o de “fascista e nazista”?
Aliás, tão estúpido e absurdo quanto, também foi o gesto da primeira-dama brasileira, ao ofender um empresário internacional (Elon Musk), gratuita e desnecessariamente.
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Ainda que em outro ambiente, o fato ocorreu durante a reunião da Cúpula do G20, encontro anual de líderes das 19 principais economias do mundo, além da União Europeia e, recentemente, a União Africana.
Mera coincidência ou não, naquele evento paralelo à primeira-dama estava cercada por expressivo grupo dessa autodenominada elite cultural. Que, obviamente e bem remunerada, aplaudiu a “criativa” ofensa.
Narrativa suprema – A pérola do ministro e presidente do STF, Luís Roberto Barroso, na abertura do Ano Judiciário: “…as democracias reservam uma parcela de poder para ser exercida por agentes públicos que não são eleitos pelo voto popular, para que permaneçam imunes às paixões políticas de cada momento. O título de legitimidade desses agentes é a formação técnica e a imparcialidade na interpretação da Constituição e das leis.”
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