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Jovem santa-cruzense participa de seletivas para as Olimpíadas Internacionais de Astronomia

Jovem santa-cruzense participa de seletivas para Olimpíadas Internacionais de Astronomia

A Astronomia – que vai muito além de observar a lua, as estrelas e o céu – é uma das áreas de conhecimento mais antigas da humanidade. Desde 1998, o assunto faz parte dos bancos escolares brasileiros por meio da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). A santa-cruzense Isabelle Pfaffenzeller, de 18 anos, é um exemplo do quanto o assunto pode ser levado muito a sério. Ela é a única gaúcha entre os 50 estudantes selecionados para os treinamentos que determinarão os representantes do Brasil nas Olimpíadas Internacionais de Astronomia de 2024.

A relação de Isabelle com a área iniciou em 2022, quando participou da OBA e garantiu a medalha de ouro. A conquista se repetiu em 2023, por ter gabaritado a prova. Com o resultado, veio a convocação para o processo seletivo das Olimpíadas Internacionais de Astronomia, o que inclui a IOAA (Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica) e a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Na primeira fase do processo, foram três provas online.

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Os 200 alunos que tiveram o melhor desempenho foram convocados para uma bateria de provas que ocorreram de forma presencial, no Hotel Fazenda Ribeirão, em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. A partir dessas provas, foram selecionados 50 estudantes para os dois treinamentos, a partir dos quais serão definidos dez que vão representar o Brasil nas internacionais. O primeiro treinamento ocorreu entre os dias 7 e 12 de abril e o segundo vai acontecer de 19 a 24 de maio. Os treinamentos incluem provas teóricas, de planetário, observação do céu, uso e manipulação de telescópios, foguetes, cartas celestes (que são como mapas do céu) e análise de dados. Ainda, haverá aulas e visita a observatórios.

As regras de participação na IOAA, marcada para acontecer em agosto no Brasil, e na OLAA, que acontece em novembro, na Costa Rica, são diferentes. Isabelle conclui o Ensino Médio no ano passado, no Colégio Marista São Luís. Por já não estar mais em sala de aula, se selecionada, ela pode participar apenas da OLAA. “Os resultados ainda não saíram, mas acredito que tenha conseguido uma boa média, especialmente na prova de lançamento de foguetes”, destaca.

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Os brasileiros que representarão o país – cinco na IOAA e cinco na OLAA -, vão ser anunciados após o segundo treinamento. Os dez selecionados para as internacionais e mais cinco suplentes terão um terceiro treinamento. A premiação é baseada em medalhas de ouro, prata e bronze, e menção honrosa, para aqueles que se saem melhor. Porém, as medalhas e mesmo a participação, sem ter ganhado premiação, são muito reconhecidas por universidades no exterior. “Muitas universidades brasileiras também começaram a aceitar medalhas de olimpíadas científicas como forma de ingresso, no lugar de vestibular ou do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ou seja, é possível entrar em universidades apenas com as medalhas e participações em olimpíadas, sem precisar fazer nenhuma prova”, explica.

O amor pela Astronomia

Desde pequena, Isabelle sempre se interessou por Ciências e Matemática. As disciplinas eram suas favoritas. “Quando estava no 1º ou 2º ano do Ensino Fundamental desenhei uma cientista em uma atividade na qual deveríamos indicar o que queríamos ser quando crescêssemos. O meu interesse pela Ciência e pela Matemática aumentou ao longo do tempo”. Aos 15 anos, ela decidiu que queria cursar Física.

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Isabelle garante que as olimpíadas científicas mudaram a vida dela completamente. “Infelizmente, minha escola não apoia muito as olimpíadas científicas, então só descobri esse universo no 2º ano do Ensino Médio. Gostaria muito de ter conhecido antes. É difícil achar alguém com o mesmo interesse quando você curte Física, Astronomia”.

A jovem coleciona títulos. Além de medalhista de ouro na OBA em 2022 e 2023, ela faturou medalha de bronze na OBOA (Olimpíada Brasileira Online de Astronomia), menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), menção honrosa na OBMF (Olimpíada Brasileira de Matemática Financeira) e medalha de ouro na Olimpíada Mandacaru de Matemática. “As olimpíadas científicas, como um todo, deveriam ser muito mais divulgadas e incentivadas pelas escolas, porque elas podem mudar a vida de estudantes completamente”, ressalta.

No momento, Isabelle se dedica aos treinamentos que podem garantir a tão sonhada vaga nas Olimpíadas Internacionais. Sobre o futuro, ela pretende cursar Física, no entanto, ainda não sabe ao certo em qual universidade.

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