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Fórmula 1

Jules Bianchi morre após nove meses de acidente em Suzuka

A família do Jules Bianchi anunciou a morte do piloto francês de 25 anos nesta sexta-feira, 17, em decorrência dos ferimentos causados no acidente sofrido no GP do Japão, no início de outubro do ano passado. Jules morreu no Hospital Universitário de Nice, sua cidade natal, onde estava internado desde novembro. 

Ele ficou internado no Japão por quase dois meses e havia sido transferido para a França depois que seu quadro clínico foi estabilizado. Desde então, poucas novidades sobre a evolução do piloto eram divulgadas. Ele permanecia internado em estado vegetativo, sem apresentar melhoras significativas. Na semana passada, seu pai quebrou o silêncio e fez um desabafo emocionado sobre a grave situação do filho. 

Como aconteceu

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Na volta 43 da corrida em Suzuka, Bianchi perdeu o controle na curva 7 e acertou em cheio o guindaste que tinha entrado na área de escape para remover o carro de Adrian Sutil, que tinha batido no giro anterior. Socorrido ainda na pista, Jules foi levado ao hospital e submetido a uma cirurgia de cerca de 4 horas. Um boletim médico divulgado pela Marussia dois dias depois da batida, informou que o piloto de 25 anos sofreu uma lesão axonal difusa, que é uma lesão ampla e devastadora e que, em mais de 90% dos casos, deixa suas vítimas em coma definitivo. 

“Jules lutou até o final, sempre o fez, mas hoje a luta chegou ao fim. A dor que sentimos é imensa e indescritível. Queremos agradecer a equipe do hospital de Nice que cuidou dele com amor e dedicação. Também queremos agradecer a equipe do Centro Médico de Mie, que cuidou dele logo depois do acidente, assim como os outros doutores que se envolveram nisso com carinho nos últimos meses”, disse.

Morte 21 anos depois

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A morte de Bianchi é a primeira desde os acidentes fatais de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna naquele fim de semana do GP de San Marino em 1994. Desde então, muito se trabalhou em cima da segurança dos pilotos, tanto em termos de materiais quanto de procedimentos em pista. Peças como o hans-device — que protege o pescoço e impede o movimento em caso de impacto forte —, a estrutura de fibra de carbono para manter o habitáculo do piloto intacto e um reforço no material dos capacetes ajudaram a manter o maior tempo sem mortes na história.

Suzuka entra para lista de circuitos fatais da categoria

A tragédia de Jules Bianchi foi a primeira da F1 no circuito de Suzuka. Palco do GP do Japão desde 1987, acidentes mais fortes nas suas corridas não são incomuns na categoria, mas nunca levaram a consequências tão graves quanto as do choque da Marussia contra um trator no último GP.

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Bianchi é o 47º piloto a morrer na F1

A morte de Jules Bianchi em decorrência do acidente sofrido no GP do Japão de 2014 fez necessário atualizar novamente a lista mortes na história da F1. O francês foi o 47º piloto a perder a vida em um carro de F1 durante um evento oficial da categoria. O circuito com o maior número de ocorrências é o de Indianápolis, onde oito pilotos – todos americanos – morreram. Nürburgring aparece na segunda colocação da lista, com cinco mortes. Suzuka, com Bianchi, teve seu primeiro acidente fatal.

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