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Junho é o mês de combate à violência contra os idosos

Foto: Alencar da Rosa

Artistas, representantes do Conselho Municipal do Idoso e da Prefeitura de Santa Cruz visitam instituições até a próxima sexta

O mês de junho é voltado ao combate da violência contra a pessoa idosa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), violência, nesse caso, é um “ato único ou repetido, ou falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento onde exista uma expectativa de confiança, que cause dano ou sofrimento a uma pessoa idosa”.

Em Santa Cruz do Sul, o Conselho Municipal do Idoso (CMI) é o responsável por proteger, formular e promover políticas públicas e ações governamentais destinadas a tutelar os direitos dos idosos, fazendo com que sejam efetivados através do poder local, assegurando seu bem-estar e, principalmente, fiscalizando e debatendo ideias para aprimoramento das políticas públicas que serão instituídas no município.

Compete ao CMI deliberar sobre o planejamento local da política do idoso, avaliar, fiscalizar e propor medidas que busquem o aperfeiçoamento da organização e funcionamento dos serviços prestados na área. “Também deliberar e acompanhar as aplicações de recursos do Fundo Municipal do Idoso, receber denúncias de lesão ao direito e examinar propostas, atuar na elaboração de estratégias junto ao poder público buscando a democratização e descentralização da política do idoso”, explica a chefe de divisão dos Conselhos Municipais de Santa Cruz do Sul, Camila Quadros.

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Lares recebem atividades especiais até sexta
Santa Cruz do Sul tem 20 instituições de longa permanência para idosos (Ilpis). Nesta semana, em alusão à data de conscientização sobre violência contra o idoso, até sexta-feira serão realizadas visitas nesses locais, com cantores, representantes do CMI e funcionários do Poder Executivo. “Esse evento foi criado para levar um carinho e mostrar aos idosos que eles têm com quem contar, seja para uma informação sobre os seus direitos, um auxílio assistencial ou então uma denúncia de violência física, psíquica ou financeira”, afirma Camila Quadros.

A presidente do CMI, Maria Raquel Silva Fagundes, lembra que neste ano o formato das atividades foi definido para abranger também os idosos institucionalizados e que foram afetados pelo isolamento social, já que não puderam receber visitas durante muito tempo. “Readaptamos essa ação alusiva ao 15 de junho, que é o Dia Mun-dial de Combate à Violência à Pessoa Idosa, para dar uma atenão mais direcionada aos que estão institucionalizados. Tomaremos todos os cuidados para nos proteger e proteger eles, que estão mais fragilizados. Também tivemos a ideia de dar-lhes um cartão personalizado com o nome de cada um deles, para que se sintam importantes, e dizer que o Conselho Municipal existe e está em favor deles”, observa a dirigente.

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Cartões são entregues nominalmente aos residentes em lares de longa permanência | Foto: Alencar da Rosa

Saúde mental na pandemia
A coordenadora do Mestrado em Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e líder do grupo de estudos e pesquisas em Envelhecimento e Cidadania, Silvia Virginia Coutinho Areosa, revela que, durante a pandemia, houve um aumento dos problemas psíquicos de forma geral na população. “Nas pessoas idosas não foi diferente, ainda mais por serem grupo de risco. Elas ficam mais propensas ao aumento de sintomas, como a ansiedade, estresse, angústia e desesperança, doenças como depressão e até um maior número de tentativas de suicídio e acometimentos.”

Conforme Silvia, para aqueles que estão em instituições de longa permanência, o fator isolamento social pesou mais, pois não puderam receber visitas e nem mesmo sair desses locais. “O fator isolamento e a solidão normalmente agravam os sintomas e a própria depressão, podendo afetar mais quem está institucionalizado se não cuidarmos dessas pessoas e do seu estado emocional”, completa a profissional.

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ABUSO FINANCEIRO
Os idosos são frequentemente procurados por criminosos, que fazem deles vítimas de golpes ou estelionatos. A pós-doutora em serviço social Silvia Areosa comenta que o abuso financeiro no Brasil representa 20% dos tipos de violência contra os idosos. “Existe uma crença de que essa é uma população mais frágil e mais suscetível. Além disso, as pessoas com mais idade são uma geração que não têm familiaridade com as tecnologias e, dessa forma, possuem dificuldades com aplicativos e sites. Pessoas com mais idade gostam de atenção e carinho, e os estelionatários aproveitam-se disso para se aproximar e ganhar a confiança”, alerta.

NÚMEROS EM SANTA CRUZ

Casos encaminhados ao Creas
2018 – 176
2019 – 226
2020 – 204
2021 – 72 (até maio)

Crimes contra o idoso em Santa Cruz*
Apropriação indébita
2018 – 1
2019 – 2
2020 – 0

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Discriminação
2018 – 4
2019 – 1
2020 – 2

Maus-tratos
2018 – 8
2019 – 7
2020 – 10

Omissão de socorro
2018 – 0
2019 – 0
2020 – 0

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Outros crimes
2018 – 8
2019 – 13
2020 – 8

*Fonte: SSP/RS

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