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Olivicultura

Manhã de campo aponta novidades em equipamentos e manejo para oliveiras

A busca de novos conhecimentos sobre equipamentos e manejo dos pomares de oliveiras levou cerca de 50 produtores, técnicos e interessados nesta quarta-feira, 2 de março, ao Bosque Olivos, para uma manhã de campo. A propriedade do advogado Tales Altoé, no interior de Cachoeira do Sul (RS), a 65 quilômetros de Santa Cruz do Sul, tem 9,5 hectares de plantas em produção.

No evento foi apresentado o pulverizador PVU 1000, da gaúcha Lavrale, direcionado à fruticultura – uvas, maçãs, pêssegos, oliveiras –, seu uso e aplicabilidade. A olivicultura tem crescido bastante na região e é considerada uma ótima fonte de renda extra para a pequena propriedade.

Além de ter a marca Bosque Olivos, de azeite, que vende toda a sua produção anual em pouco mais de 30 dias, Altoé realiza estudos sobre solos, fertilizacão, espaçamentos, manejo de podas, de insetos e doenças, variedades, colheita e adota a associação com cultivos de feijão, milho, feno e melancia, e a integração com ovinos nos pomares. “É uma cultura muito nova, com 12 anos no Estado, então ainda estamos aprendendo sempre mais sobre ela”, explica o agricultor.

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No próximo ano a Bosque Olivos instalará sua planta industrial para processar azeite e azeitonas em conserva. Além disso, a empresa está obtendo a documentação ambiental necessária para comercializar a lenha das podas para a geração de energia, uso em churrasqueiras e lareiras.

A manhã de campo também serviu de pré-evento para a Abertura Oficial da Colheita da Oliveira, dia 4 de março, na propriedade da Tecnoplanta, em Barra do Ribeiro, para a qual são esperadas mil pessoas.

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PERFIL

O Rio Grande do Sul tem 1.730 hectares, cerca de 35% em produção, e deve chegar a área total de 3 mil/ha até 2019. Segundo a Câmara Setorial Estadual da Olivicultura, a área cresceu 27% em 2015. O Brasil tem uma área aproximada de 3 mil hectares, com o Rio Grande do Sul como maior produtor, seguido por Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

Em território gaúcho, as maiores áreas estão em Bagé, Barra do Ribeiro, Caçapava do Sul, Cachoeira do Sul, Encruzilhada do Sul, Hulha Negra, Pinheiro Machado e Santana do Livramento. Hoje o Brasil é o terceiro maior importador de azeite de oliva e azeitonas do mundo e a produção local representa menos de meio por cento da demanda nacional.

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Cachoeira do Sul tem cerca de 300 hectares plantados e Tales Altoé projeta que dobre este número em dois anos. “A compra de mudas e a busca de conhecimento sobre a cultura não para de crescer. Além disso, os interessados não falam mais em plantar um hectare ou dois, é sempre acima de 20 ou 30 hectares”.

Segundo ele, na região norte de Cachoeira do Sul a área cultivada só não é maior pelo alto custo da terra, inflacionada pela alta procura de compra ou arrendamento para tabaco e soja. “Mas, para quem tem alguma área disponível e quiser plantar um ou dois hectares, ou até mais, o mercado é muito bom, o manejo é fácil e a cultura ainda pode ser consorciada com outras atividades da pequena propriedade”, finaliza Altoé.

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