Manifestações contra Dilma voltaram a acontecer nesse domingo, 16, em todos os Estados e no Distrito Federal. Trata-se do terceiro protesto que envolveu todo o país registrado nos últimos seis meses. Dados divulgados pela Folha de São Paulo, levando em conta cálculos realizados pelas Polícias Militares, apontaram a participação de 610 mil pessoas nessa manifestação. Isso significa uma adesão maior que a registrada em abril (que contou com 521 mil brasileiros) e menor que março, quando 1,7 milhão de pessoas foram às ruas.
A capital com maior número de manifestantes foi São Paulo, com 350 mil pessoas concentradas na Avenida Paulista, segundo dados da PM. Já os organizadores calcularam a participação entre 900 mil e 1,5 milhão. Em Porto Alegre, a Brigada calculou 30 mil, e os representantes do ato, 65 mil pessoas. De acordo com esses dados, a capital gaúcha foi a quarta com maior número de participantes, atrás apenas da cidade paulista, Curitiba e Florianópolis – dados do Rio de Janeiro não foram divulgados.
Diferente dos outros protestos, que se caracterizavam como atos independentes de partidos, nesse domingo políticos de oposição usaram os palanques para discursar. Também houve diferença na pauta em relação aos protestos anteriores. No domingo, eram mais explícitas e frequentes as manifestações “Fora, Dilma” e “Fora, PT”, além de críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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No final da tarde, a presidente Dilma Rousseff reuniu ministros em sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, mas não houve pronunciamento. Foi emitida apenas uma avaliação de que o governo “viu as manifestações dentro da normalidade democrática”.