A atração da Confraria Nativista em abril, que acontece na sexta-feira, 24, a partir das 20h30, será o cantor e compositor uruguaio Manolo. Não há como citar este artista de Rivera, da voz grave e imponente, sem evocar a música “Vire o Mate”, a mais popular do 2º Musicanto Sul-Americano de Nativismo, de Santa Cruz, no ano de 1984. Ele estará na Bierhaus (Parque da Oktoberfest), ao lado do Grupo Contrabando.
Os versos que dizem “Vire o mate companheiro/Vamos dar uma encilhada/Assim “começamo” o dia/Bem no fim da madrugada…” identificam Manuel Oribe Fernández Alves, que além da carreira musical, também é perito agrônomo e pedagogo. A valorização das raízes e a vivência nas lidas campeiras vieram do avô, Maurício Alves, e do pai, Máximo Fernández. Outras músicas como Encontro Americano e Milonga da Fronteira ficaram conhecidas do público gaúcho nos últimos anos da década de 80.
No currículo de Manolo constam inúmeras participações nos festivais nativistas, como participante, jurado e apresentador. Além dos discos autorais, foi convidado a gravar com diversos artistas regionais, muitos dos quais já dividiu o palco em apresentações. Negro Manolo é assíduo integrante de festivais fechados para compositores, como o Canto dos Galos, de Cachoeira do Sul, e Barranca, de São Borja. Ele, que exalta a fronteira entre Uruguai e Brasil, também “abre o peito” para declamar poemas crioulos. No rádio, Manolo produz e dirige programas em emissoras de Rivera.
Publicidade
Em Santa Cruz do Sul, Manolo está acompanhado de Adolfo Garcia e Adolfo Morales, que formam o Grupo Contrabando. Ele vai apresentar o espetáculo “De Campo y Frontera”. O DVD Trabajo de Campo, de 2013, será divulgado. É um documentário musical, que destaca o trabalho do homem campeiro na fronteira. Este trabalho tem a participação de Julio Cobelli nos violões. A abertura será de Tuca e Henrique, dupla de Pantano Grande. Para comemorar os 10 anos, a Confraria Nativista vai trazer Luíz Marenco e Juliano Javoski para os meses de maio e junho.