Uma investigação da Polícia Civil de Candelária, concluída nesta semana, resultou no indiciamento de um médico do hospital do município por homicídio culposo. A apuração buscou esclarecer as circunstâncias e causas da morte da empregada doméstica e cuidadora de crianças Simone Linhar, de 46 anos.
A vítima faleceu em 3 de outubro do ano passado. Naquele dia, ela procurou atendimento no Hospital Candelária devido a uma suspeita de problemas cardíacos. No entanto, foi liberada pelo médico sem que fossem realizados exames. Minutos depois, enquanto voltava para sua casa, a uma quadra da casa de saúde, Simone acabou caindo na rua. Ela chegou a ser socorrida por populares e levada de volta ao hospital, mas não resistiu e veio a óbito. No atestado, a causa apontada foi uma parada cardiorrespiratória de caráter indeterminado, sendo considerada uma morte súbita.
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O fato levou a família de Simone a registrar um boletim de ocorrência, o que resultou na abertura da investigação. O delegado Tiago Bittencourt explica que foram ouvidos familiares da vítima e pessoas que prestaram atendimento a ela. Também foi feito um interrogatório com o médico plantonista.
No dia da morte, a vítima havia primeiro se dirigido ao posto de saúde central, onde foi encaminhada ao hospital pela médica, que sugeriu a realização de um raio-X no tórax e um eletrocardiograma para conferir se há algum problema cardíaco. No entanto, segundo Bittencourt, quando chegou na casa de saúde, o plantonista reavaliou o caso e entendeu que fosse um problema gástrico. Ele medicou a paciente e após a liberou.
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Durante o interrogatório para a polícia, o médico plantonista relatou que a paciente não havia lhe dito que sentia dor torácica e cansaço. A versão foi questionada pelo delegado, que alega que o depoimento ficou “descontextualizado” em relação aos demais, visto que nos outros atendimentos a vítima relatou os sintomas.
No entendimento da Polícia Civil, o médico poderia ter feito um atendimento mais cuidadoso com a paciente. Bittencourt classificou o prestado como “superficial e abreviado”. O inquérito foi entregue ao poder Judiciário e será analisado pelo Ministério Público, que por sua vez poderá denunciar o médico ou pedir o arquivamento do caso.
Com informações do Jornal de Candelária
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