As páginas policiais das antigas edições da Gazeta trazem notícias curiosas. Algumas cômicas, como a do engraçadinho que quase apanhou no Centro, e outra que poderia ter virado uma tragédia.
Um fato de aspectos tragicômicos verificou-se às 17 horas de 30 de julho de 1954, na casa comercial de R. Berger & Cia., na Rua Carlos Trein Filho, esquina com a Capitão Fernando Tatsch (hoje Móveis Luciane).
O carroceiro Pedro dos Santos, residente em Linha Sítio, entrou no estabelecimento para realizar compras e deixou sua carroça de mulas estacionada junto à calçada. Enquanto aguardava para ser atendido, os animais puseram-se em movimento.
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Afobado, o homem saiu em disparada para conter os bichos. Mas, ao invés de passar pela porta, acabou correndo pela vitrine da loja. A batida foi tão forte que o vidro, de três metros quadrados e com oito milímetros de espessura, ficou em cacos.
O carroceiro caiu na calçada completamente atordoado. Ele teve muita sorte, pois sofreu apenas cortes no nariz, na testa e nos braços. O vidro quebrado apresentava várias pontas, verdadeiras facas que poderiam ter provocado ferimentos graves e até levado o agricultor a óbito.
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Tonto e apavorado, Pedro foi socorrido por populares e conduzido até a farmácia Americana, que ficava bem perto da loja, onde os machucados foram limpos. Depois de recuperado, já mais calmo e tentando entender o ocorrido, ele subiu na carroça e foi até a Delegacia de Polícia registrar o fato. Os animais foram contidos na esquina da antiga Souza Cruz.
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Bonitão se deu mal
Em 14 de agosto de 1954, a Gazeta noticiou que o menor J.S. compareceu na delegacia para denunciar que havia recebido uns “puxões de orelha” e que por pouco não apanhou de um homem no Centro.
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Ao ir mais a fundo na história, o delegado descobriu que J.S. era um dos “bonitões” que costumavam ficar na Rua Marechal Floriano dizendo “gracinhas” às jovens que por lá caminhavam.
Quem deu a carraspana foi o pai de uma das garotas, que não aceitou que sua filha fosse “mimoseada” com piadinhas. O delegado ainda aconselhou os “graciosos da Floriano” a respeitarem as senhoritas e disse que a polícia iria agir se a situação continuasse.
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