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ZÉ BOROWSKY

Memória: chuvaradas e mortes

As ruas da antiga vila de Sinimbu foram tomadas pelas águas e três pessoas, inclusive um bebê, perderam a vida | Foto: Arquivo de Fernando Hennig

Diante das previsões de que teremos um inverno e uma primavera chuvosos, vamos lembrar de alguns eventos de chuvas e de temporais enfrentados por Santa Cruz do Sul no passado. O primeiro registro de uma grande enchente na antiga colônia é de 13 de maio de 1858. O Pardinho transbordou e causou muitos problemas, devastando lavouras, casas, pontilhões e moinhos. A localidade mais atingida foi Picada Nova (hoje distrito de Rio Pardinho).

O cidadão Mathias Melchior, de 1899 a 1910, dedicou-se a fazer observações meteorológicas na vila, que eram publicadas no jornal Kolonie. Naquele período, a maior precipitação pluviométrica ocorreu em 1902, quando choveu 2.314 milímetros. Depois, aparece 1899, com 1.727; e 1905, com 1.702. O ano de menos chuva foi 1910, com 919 milímetros.

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Em 22 de novembro 1919, um toró espalhou terror em Sinimbu. O Rio  Pardinho e seus afluentes subiram e alagaram a vila, causando a morte de três pessoas e a destruição de residências, prédios comerciais e galpões. Dezenas de animais, como bovinos e suínos, morreram afogados.

Em 6 de novembro de 1927, mais uma forte chuva provocou enchentes e muitos prejuízos na região de Trombudo (hoje Vale do Sol). A grande tristeza foi a morte do padre jesuíta Guilherme Deckelmeyer. Ele tentou atravessar o passo do Arroio Plums no lombo de um burrico, e acabou sendo levado pela correnteza. O corpo foi encontrado uma semana depois, a um quilômetro de onde caiu.

Casas ilhadas e muitas destruídas pela força da água: prejuízos foram incalculáveis em Sinimbu | Foto: Arquivo de Fernando Hennig

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Em agosto de 1955, foi a nevasca que ocasionou prejuízos em Sinimbu, Herveiras, Gramado Xavier, Paredão e arredores, quebrando árvores, congelando plantações e derrubando telhados de casas e galpões. Após o fenômeno, veio muita chuva, o que fez transbordar córregos. Uma senhora e um bebê caíram em um arroio e a criança morreu. Centenas de animais morreram. Somente o agricultor Eduardo Zanini perdeu 400 cabeças de gado.

Continua

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