A Semana da Pátria, que começa nesta segunda-feira, 1º de setembro, e se estende até dia 7, presta homenagem, em nível nacional, ao bicentenário de nascimento de Dom Pedro II (1825-1891). Vamos lembrar de curiosidades que “ligam” o último monarca do Brasil a Santa Cruz e sua gente.
Em setembro de 1849, quando chegou ao Rio de Janeiro um grupo de alemães que iria colonizar a região que constitui o nosso município, Dom Pedro foi ao porto recebê-los. Ele falava fluentemente a língua alemã e explicou que seriam levados à Colônia de Santa Cruz, na província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Ao que tudo indica, o nome da nova colônia já estava definido antes da chegada dos imigrantes.
Em 1850, mais uma leva desembarcou no porto. Como a família real estava precisando de um cocheiro, o imperador contratou o imigrante Johann (João) Beckenkamp para a função. Ele trocou o lote que ocuparia na Picada Velha (hoje Bairro Linha Santa Cruz) para ficar na Casa Real, tornando-se homem de confiança de Dom Pedro. Johann só veio para Santa Cruz meses depois, para casar com Suzanna Herberts.
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Ao demarcar a futura povoação de Santa Cruz, em 1854, o militar Francisco de Castro Menezes lembrou do monarca e reservou a área central para uma praça, batizada de São Pedro. Como ficaria em frente da futura capela, homenagearia dois Pedros: o imperador e o apóstolo. Afinal, ambos eram ungidos por Deus.
Outro episódio, em 1860, aproximou o imperador da nossa história. Em setembro, ele encaminhou carta e uma medalha de distinção, de ouro, ao colono Thomaz Drachler, de Linha Dona Josefa, que três meses antes salvou várias pessoas em uma grande enchente do Rio Pardinho. Também destacou a relevante participação de Ehlis, esposa de Thomaz. O documento encontra-se no museu do Colégio Mauá.
Em 1846 e em 1865, quando Santa Cruz ainda pertencia ao território de Rio Pardo, o imperador visitou aquela cidade. Na segunda passagem, provavelmente, buscou informações sobre a colônia. Quando a monarquia foi extinta, em 1889, a população local lamentou o banimento de Dom Pedro, pois ele era estimado pelos imigrantes e seus descendentes.
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