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JOSÉ BOROWSKY

Memória: o talento de um imigrante

Nas últimas colunas, recordamos um pouco da vida e da obra deixada pelo imigrante alemão Adolf Kunz (1902-1999). Ele chegou ao Brasil em 1926, com 24 anos. Após breve  passagem por Rio Pardinho, estabeleceu-se em Sinimbu em 1927. Na então sede do quarto distrito de Santa Cruz, constituiu família e ficou morando até o final da vida.

Kunz especializou-se na confecção de lápides para túmulos. Em 1960, deixou a cantaria e passou a produzir esculturas, mosaicos artísticos e objetos decorativos esculpidos em pedras. Com 78 anos, começou a pintar quadros, retratando o dia a dia das famílias na colônia, as lidas na lavoura e os jardins bem cuidados dos antigos casarões. São cerca de 20 obras, preservadas pelo filho Elmar e netos Maurício e Leonardo. Também pintou painéis em paredes, com cenas de histórias  infantis criadas por escritores alemães.

O velho imigrante foi autodidata e pintava por hobby. Vários aspectos chamam a atenção em suas obras, como o traço humorístico e os detalhes que compõem cada cena. Seu quadro preferido é quase uma fotografia: no jogo de cartas entre amigos, além da expressão do rosto de cada um, vemos minúcias do ambiente. O guarda-chuva molhado, por exemplo, mostra que a noite era chuvosa.

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Janete Simoni Froeming, que em 2012 fez uma monografia sobre o legado de Adolf Kunz, sugere que a comunidade sinimbuense se una em torno da preservação e de uma exposição permanente da sua obra. Em 1992, ele foi homenageado com uma exposição no Banco do Brasil de Sinimbu.

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