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JOSÉ BOROWSKY

Memória: Rua Marechal Floriano passou a ser vitrine da cidade na virada do século 20

Diferença na pista: pavimentação foi até a esquina com a 28 de Setembro. Dali em diante, o pó e o barro continuaram

Diferença na pista: pavimentação foi até a esquina com a 28 de Setembro. Dali em diante, o pó e o barro continuaram

Na coluna anterior, destacamos as polêmicas que envolveram a denominação da rua principal de Santa Cruz, desde 1854 até o início do século passado, quando ela passou a chamar-se Marechal Floriano Peixoto. Mas, com este ou aquele nome, monarquista ou republicana, o certo é que ela sempre foi a queridinha da população.

Já nos tempos idos, a Floriano contou com os principais atrativos da vila e, depois, da cidade. O primeiro morador, Guilherme Lewis, por exemplo, escolheu a esquina das ruas São Pedro e Catalã (Floriano e Ramiro Barcelos) para edificar sua moradia. Ela também foi o endereço da  primeira sede do governo, na esquina com a Rua Taquarembó (28 de Setembro), da primeira praça, das sociedades e do primeiro hotel.

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Os 10 lampiões que clarearam o Centro, em 1880, foram instalados na Floriano, quando ela ainda se chamava Gaspar Silveira Martins. E quem necessitava de algum medicamento, precisava ir até a principal, pois ali ficava a única botica (pharmácia). As duas primeiras escolas particulares da cidade, o Mauá e São Luís, também optaram pela Floriano.

A partir da virada para o século 20, ela continuou sendo a mais disputada. Ao longo das suas calçadas, surgiam belos prédios residenciais e comerciais, como o edifício do Banco Pelotense (Casa das Artes Regina Simonis). As lojas e bazares, com suas vitrines, atraíam o público. E quem quisesse ouvir música, mandar um recadinho de amor ou saber das últimas notícias, ia até a principal para escutar o Som Azul (rádio-poste).

Calçamento das primeiras quadras da Floriano começou em outubro de 1943, há 82 anos | Fotos: Arquivo da Gazeta do Sul

A Floriano era a preferida para o footing (passeios a pé). Mas havia uma reclamação: a poeira e o barro. Em 1943, quando o interventor federal Dario Barbosa assumiu o governo ele se impressionou com o fato de uma cidade tão bonita não ter ruas com calçamento.

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Natural do Rio de Janeiro, ele contratou os irmãos Oswaldo e Alexandre Torrano para calçarem a principal. O trabalho começou dia 25 de outubro de 1943. Foi pavimentada com pedras de granito a Ramiro Barcelos (na frente da Catedral) e a Floriano, entre a Ramiro e a 28 de Setembro.

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