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Moedas dos Jogos Olímpicos são cobiçadas por colecionadores

Talvez você nem tenha percebido, mas é provável que alguma moeda comemorativa dos Jogos Olímpicos 2016 já tenha passado pelo seu bolso. Se ainda não tinha notado, trate de prestar mais atenção e, no caso de recebê-las, guarde com carinho. As chances desta moeda valorizar e valer bem mais do que o troco da vendinha são grandes. Desde 28 de novembro de 2014 estão em circulação mais de 274 milhões de unidades de R$ 1,00 com 16 tipos de ilustrações. São imagens que retratam as modalidades boxe, golfe, paratriatlo, natação, atletismo, paracanoagem, rugby, vela, basquete, judô, futebol, vôlei, atletismo paralímpico e natação paralímpica, além dos mascotes olímpico, Vinicius, e paralímpico, Tom. Essas relíquias, para os colecionadores, ganham literalmente outro valor.

Basta dar uma olhadinha no site do Banco do Brasil. Os interessados em comprar um desses exemplares de livre circulação precisam desembolsar R$ 13,00. Também estão disponíveis edições especiais de ouro e prata, voltadas para quem coleciona. Essas, porém, são bem mais caras: os preços ficam em R$ 1.180,00 e R$ 195,00, respectivamente.

Colecionador de carteirinha, o santa-cruzense Lauri Lair Lersch acumula em casa um estoque de 37 mil moedas. Elas estão distribuídas em catálogos que começam no ano de 1774 (onde está sua primeira moeda, que ganhou do pai) e seguem até 2016. Somente da edição dos Jogos Olímpicos, o aposentado já tem mil unidades – dezenas delas repetidas, obviamente. De sistemas monetários mais antigos, guarda unidades avaliadas em até R$ 700,00.  “Coleciono desde os 12 anos, e sou apaixonado por isto. Este hábito nos conecta com importantes episódios da história.” Para adquirir este tesouro, que soma 223 quilos de moedas, o aposentado buscou as unidades em diferentes lugares.

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Quando mais jovem, era no interior de Santa Cruz que negociava as mais antigas. Hoje faz da internet uma preciosa ferramenta  e ainda procura, pelo menos uma vez por mês, conferir as novidades no Brique da Redenção, em Porto Alegre.

Há nove anos Lauri também expõe seus catálogos no Brique da Praça. No espaço em que divide com o colecionador de selos Wolfgang Moller, o santa-cruzense sana as dúvidas dos curiosos, compra e vende moedas e ainda é requisitado para avaliar coleções. Também recebe encomendas internacionais de países como Argentina, Uruguai e Alemanha. E guarda na ponta da língua relíquias que ainda sonha ter – as moedas de 2 mil réis e 4 mil réis, cunhadas em 1900. “É impossível finalizar uma coleção. O lado bom é que meus netos já estão demonstrando interesse em seguir com o hobby”, conta, todo orgulhoso.

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Para preservar a história

Muitas foram as razões que motivaram a produção de moedas comemorativas no Brasil. Basta dar um pulinho no Museu do Colégio Mauá para confirmar. Com acervo de moedas dos tempos do Brasil Colônia, o espaço abriga exemplares de todos os sistemas monetários do País. Entre os assuntos que já pautaram edições comemorativas na época do Cruzeiro, por exemplo, estão Tipos Populares do Brasil e Animais (1990-1993). Já na era Real podem ser observadas edições especiais que tratam da Declaração Universal aos Direitos Humanos e, mais recentemente, os Jogos Olímpicos 2016.

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Conforme a Assessoria de Comunicação do Banco Central, as moedas comemorativas são cunhadas para celebrar fatos de repercussão nacional ou internacional, manifestações culturais, artísticas e científicas, acontecimentos históricos, personalidades, preservação do ambiente e localidades de interesse cultural ou ecológico.

A importância do aspecto histórico é reforçada pela diretora do Museu do Mauá, Maria Luiza Schuster. Segundo ela, é possível aprender sobre os diferentes momentos econômicos do País em apenas um “passeio” pela sessão de moedas do museu.

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