Após um longo período de estadia gratuita, os índios caingangues levantaram acampamento no início da semana. Entretanto, o lixo deixado pelos “nativos” assustou os moradores do bairro Vera Cruz. “Justo eles, que deveriam dar exemplo de cuidados com o meio-ambiente”, disse um morador das proximidades. É difícil numerar a quantidade e a diversidade dos materiais deixados. Montes de palhas, roupas e equipamentos eletrônicos são facilmente encontrados no local.
Uma professora que trabalha no Polo de Educação, e que preferiu não se identificar, disse que é inaceitável que um povo se instale com o intuito de trocar culturas e acaba fazendo totalmente o inverso. “Não podemos permitir uma coisa dessas, essas pessoas, para mim, não são índios”, disse. Ela citou que há estudantes que vêm de diferentes cidades e estados do Brasil cursar na instituição e que ficam indignados com a situação.
Além disso, os caingangues utilizavam água e energia elétrica do polo. “O período letivo nas reservas indígenas iniciou no começo de abril, e há crianças longe das escolas. Onde está o órgão fiscalizador”, questionou a professor. Ela ainda aconselhou a administração a rever as futuras instalações de povos indígenas no município. “É uma coisa que tem que ser bem avaliada para se saber qual é o real interesse dessa gente”, disse.
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