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Transtorno

Moradores temem novos rompimentos de tubulações no Bom Jesus: “bomba-relógio”

Adutora fica a poucos metros da nova ETA do Bom Jesus, inaugurada em setembro

Adutora fica a poucos metros da nova ETA do Bom Jesus, inaugurada em setembro

Sábado, dia 27. O relógio marcava 22h48 quando uma forte correnteza de água brotou do asfalto na esquina entre a Travessa Professor Antônio Balthazar Englert e a Rua Vasco da Gama, no Bairro Bom Jesus. O rompimento de uma tubulação aconteceu a poucas quadras da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) de Santa Cruz do Sul, inaugurada no dia 5 de setembro pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). 

Vera Lúcia e Emerson pedem providências para evitar novos problemas no bairro

A moradora Vera Lúcia da Silva, de 32 anos, lembra de ter ouvido um estouro, seguido de um barulho de chuva. Foi quando percebeu que havia água e lama invadindo a entrada da residência. Ela telefonou para o marido, Emerson Ferreira, de 40 anos, que saiu da multinacional onde trabalha para ajudar.

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O casal acredita que a altura da água era de 30 centímetros e por pouco não entrou nos cômodos. “Faltou pouco, aí o estrago seria maior”, disse Ferreira.

Imagens de uma câmera de vigilância registraram o rompimento. Os moradores afirmaram que tentaram contato com a Corsan, mas não tiveram sucesso. Segundo eles, após muita mobilização, um funcionário que disse ser plantonista foi até o local. “Ele falou que a rede não estava ligada, mas nós moramos na frente. Se não tivesse, não teria estourado com pressão”, disse Ferreira.

Na tarde de ontem, era possível ver as marcas no local onde reparos foram realizados | Fotos: Inor Assmann

Devido à falta de água durante o domingo, o casal só conseguiu limpar o imóvel no fim da manhã dessa segunda-feira, 29. “Ficamos até de madrugada [de segunda-feira] acordados”, relatou o morador. 

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Para a família, o mais importante é que a situação seja resolvida. Vera e Emerson pedem para que a Corsan apresente planos de melhoria e garanta que um novo rompimento não voltará a acontecer.


Em nota da assessoria de imprensa, a Companhia afirmou que o rompimento da tubulação de grande porte (adutora) não teve ligação com o desabastecimento gerado pela parada programada no domingo, que afetou boa parte da cidade. Segundo o texto, a tubulação que se rompeu ainda não estava operando no sistema de abastecimento e não foi a causa da interrupção. 

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Maria enfrentou situação semelhante em julho, quando a água invadiu seu comércio

Problema semelhante já havia ocorrido em julho. A proprietária de um mercado no Bom Jesus, Maria Odila da Rosa Felipe da Silva, disse que equipes instalavam a tubulação quando houve um rompimento. Com isso, um grande volume de água invadiu o empreendimento, situado na Rua Vasco da Gama, na esquina com a Travessa Professor Antônio Balthazar Englert. Foram dois dias para limpar o estabelecimento, que ficou fechado no período. “Foi horrível, havia cheiro de esgoto”, relatou Maria.

Na tarde dessa segunda-feira, 29, o presidente da Associação de Moradores do Bairro Bom Jesus, Clairton Ferreira, o Tim, esteve na Câmara de Vereadores para acompanhar a manifestação sobre o caso. Tim foi ao local do rompimento ainda na noite de sábado e se mobilizou para garantir que a equipe da Corsan fosse até lá para resolver a situação.

“É como se fosse uma bomba-relógio”

Morador da Rua Vasco da Gama, o motorista Cláudio Domingos da Silva, de 69 anos, assistia à luta na televisão no sábado à noite quando começou a escutar um barulho semelhante a uma forte enxurrada de chuva. Foi questão de tempo até perceber que não se tratava do clima, mas de outro rompimento na esquina. 

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Residência de Cláudio Domingos da Silva não alagou devido a sistema de prevenção

A água começou a invadir seu quintal rapidamente. No entanto, devido a um sistema instalado na residência, com canaletas e uma caixa de escape, o alagamento não invadiu os cômodos.  

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Silva reside no endereço há 40 anos e afirma estar preocupado com os problemas mais recentes. Ele já havia passado pela mesma situação em julho, quando houve rompimento durante a instalação dos tubos. “Está ocorrendo muito seguido. É como se fosse uma bomba-relógio, com milhões de metros cúbicos de água. Se vier a estourar, leva as nossas casas”, ressaltou.

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Desabastecimento

A Corsan também se manifestou, em nota, sobre a falta de água registrada em Santa Cruz do Sul no último domingo, 28. Segundo a companhia, houve uma parada programada de distribuição para manutenção preventiva, além da instalação de uma válvula no sistema de captação para tratamento no Rio Pardinho. 

No texto, afirmou ainda que, durante o serviço, ocorreram oscilações ou interrupções no abastecimento nos bairros Higienópolis, Pedreira, Linha João Alves, Belvedere, Rauber, Progresso, Margarida e Faxinal. “Essas manutenções periódicas são essenciais para garantir maior segurança e confiabilidade ao sistema de distribuição de água”, consta na nota.

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