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Morre em Santa Cruz do Sul o músico Eloir Guedes, o Lói

Lói gravou trabalho com músicas autorais, em 2021

Morreu na manhã desta segunda-feira, 25, em Santa Cruz do Sul, o sambista Eloir Guedes, o Lói, aos 78 anos. Poeta, músico e pintor santa-cruzense, ele era conhecido no meio cultural da cidade. O artista estava internado há dez dias no Hospital Ana Nery, devido a complicações de saúde, e já estava doente nos últimos meses. O velório do músico iniciou às 13h30 na Comunidade Santo Antônio e o enterro está previsto para as 16h30 desta segunda.

Diego Tafarel produziu filme sobre o sambista

Lói foi tema de um curta-metragem produzido pela produtora Pé de Coelho Filmes, chamado Aquele da Paixão. De acordo com o diretor do filme e amigo de Eloir, Diego Tafarel, ele deve ser lembrado como alegria, música e boemia. “Lói foi um apaixonado pela vida, pelos amigos e pela arte, ‘aquele da paixão’, como ele próprio se denominava. Quando me perguntam por que eu gosto tanto de Santa Cruz e por que luto para essa cidade ser melhor, é por causa de pessoas como o seu Eloir Guedes, um artista genuíno, moldado pela vida, compositor nato, um sambista raiz”, disse. “Tive o prazer de conviver por anos com ele, dividir muitas mesas de bar, cervejas, jantas, conversas até o dia amanhecer, pois seu Lói era o típico inimigo do fim e, felizmente, ele é daqueles que não têm fim.”

O curta foi apresentado fora de competição durante a última edição do Festival Santa Cruz de Cinema. Além de Diego, o filme é dirigido também por Zé Correa. As gravações foram realizadas de forma espaçada durante o ano de 2021, por conta da pandemia. Durante a produção, que chegou a ser interrompida em função de problemas de saúde do protagonista, Lói também gravou um disco com músicas autorais. Aquele da Paixão será lançado, oficialmente, em agosto, quando vai seguir o circuito de festivais. “Fizemos a pré-estreia com ele não finalizado para o Lói poder ver no ano passado”, explica Diego.

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Skolaude conheceu Lói em 2007

Amigo de longa data de Eloir Guedes, o doutor em História Mateus Skolaude conta que o conheceu em 2007, na casa do também sambista Alcemiro dos Santos. Mateus destaca a presença de Lói na cena cultural da cidade, nos saraus literários, nas sessões da Amigos do Cinema e em outros eventos. “E ele com certeza tem uma grande contribuição para a cidade, naquela região do calçadão onde ele ficava, na frente da banca, conversando com as pessoas e tocando. Com certeza, vai deixar saudades. Agravou a doença dele esse período da pandemia, em que ele não conseguia ter essa mobilidade de ir ali e interagir com as pessoas”, relata.

Para Skolaude, o sambista representava ainda uma parte da cultura local que não é visualizada, uma cultura brasileira que é mais vista em locais como Rio de Janeiro ou Porto Alegre. “Me parece que a singularidade do Lói era ser um sujeito que representava essa matriz brasileira de elementos que, muitas vezes, não são identificados no município, por ter uma tradição relacionada à cultura germânica, e que também existem na história de Santa Cruz.”

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