Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

PERDA NO ESPORTE

Morre o treinador Jorge Peçanha

Foto: Lula Helfer/Banco de Imagens

Jorge Peçanha em 2015

Faleceu na manhã desta quinta-feira, 17, o treinador Jorge Peçanha. Figura de referência no esporte santa-cruzense, o professor foi um dos precursores da prática do atletismo na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

Ele tinha 67 anos e sofria do Mal de Alzheimer. Há sete dias foi diagnosticado com Covid-19, mas a causa principal da morte, de acordo com o atestado de óbito, é o Alzheimer.

Jorge é pai do atleta olímpico Fabiano Peçanha. Fabiano inclusive cancelou sua participação como treinador da seleção brasileira no Sul-Americano Indoor de Atletismo, que ocorre neste fim de semana, na Bolívia, para estar próximo da família.

Publicidade

LEIA MAIS: Fabiano Peçanha é convocado para treinar a seleção brasileira em campeonato Sul-Americano

Em entrevista à Rádio Gazeta na última terça-feira, 15, Fabiano lembrou da trajetória do pai dentro do atletismo nacional. “Ele é uma figura importante, impactante e lembrada pelos resultados e transformações fortes que teve. No Estado, nem se fala. Costumo dizer que ninguém é imortal, mas pode ser eterno por meio das marcas que deixa e ele deixou muitas marcas.”

Ele lembra que aprendeu muito com o pai. “Tive ele comigo a minha carreira inteira e muito da metodologia que aplico hoje nos atletas foi a que aprendi com ele. Então, essa convocação (para ser treinador da seleção brasileira) não tem como não ser dedicada a ele.”

Publicidade

Fabiano ainda falou um pouco da doença do pai, então hospitalizado. “Descobrimos pequenos sinais de Alzheimer há uns 5 ou 6 anos. É algo que não tem volta e vai progredindo para pior. É doloroso para a família. Ele está com cuidados paliativos, no hospital, minha mãe está junto e estamos oferecendo o máximo de conforto e carinho. É o que podemos dar no momento”, disse na terça-feira, 15.

Trajetória

Em entrevista dada em 2014 a um projeto do Centro de Memória do Esporte, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Peçanha contou sua trajetória no atletismo. Embora gostasse de esportes desde criança, o envolvimento mais a fundo foi a partir do serviço militar. Além de praticar futebol, em Santo Ângelo e Cruz Alta, e basquete, em Cruz Alta e Santa Maria, em 1982 Jorge foi medalhista de ouro no Atletismo nas Olimpíadas do Exército.

Publicidade

O trabalho como formador de atletas teve início em 1985, quando a família se mudou de Cruz Alta para Panambi, também na Região Norte, e Peçanha passou a atuar como professor de Educação Física em uma escola do município. Em 1999, nova mudança, desta vez para Santa Cruz do Sul, onde Jorge residiu até sua morte, nesta quinta-feira, 17.

Confederação Brasileira de Atletismo divulga nota de pesar

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou nota de pesar em que lamenta a morte de Peçanha. “A Confederação Brasileira de Atletismo lamenta a morte do treinador Jorge Peçanha ocorrida nesta quinta-feira (17/2), professor que foi referência e um dos precursores da prática do atletismo na Universidade de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. Pai e treinador do atleta olímpico Fabiano Peçanha, Jorge sofria de Mal de Alzheimer havia seis anos e estava hospitalizado em Santa Cruz do Sul. A CBAt e toda a comunidade do atletismo apresentam profundo pesar aos familiares e amigos”, diz o comunicado.

Serviços fúnebres

O velório de Jorge ocorre das 14h30 às 16h30 desta quinta, na Funerária Martin que fica na Marechal Deodoro, 822. Após, o corpo será encaminhado para cremação.

Publicidade

“Figura fantástica”, diz Professor Olímpico

Eleno Hausmann, o Professor Olímpico, lembra da convivência que teve com o treinador Jorge Peçanha na Olimpíada de Londres 2012, disputada por Fabiano. “Figura fantástica do esporte. Tive oportunidade de conviver com ele, principalmente, na Olimpíada de Londres, onde temos grandes memórias de convívio. A gente perde um cara que lutou pela modalidade e que, infelizmente, nos últimos anos, foi acometido desta doença”, afirmou Hausmann.

“Deixa um legado muito grande. Quem sabe, no futuro, quando tivermos nossa pista sintética, possamos homenageá-lo, pois com certeza esse era um sonho dele”, sugere o Professor Olímpico.

LEIA MAIS: A Gazeta esteve lá: na Olimpíada de Londres, em 2012

Publicidade

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.