Doze meses após o primeiro registro, a mortandade de abelhas volta a preocupar produtores em Sobradinho. O fato foi registrado na semana passada, nas propriedades de Valentin Redin e Eli Pavanato, moradores da localidade de Granja do Silêncio.
Segundo Pavanato, ainda não havia sido possível recuperar o número total de caixas de abelhas e novamente foram perdidos enxames. Ele estima que pelo menos 40 caixas tenham registro de mortandade dos insetos. Com as mortes, ele já soma um prejuízo de 3,2 mil quilos de mel que deixaram de ser comercializados, o que representa cerca de R$ 80 mil de perda para cada ano.
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O apicultor diz que o sentimento é de tristeza, mas descartou desistir. “Não pretendo parar. Vou tentando. Enquanto eu tiver saúde vou lutar”, disse.
Na propriedade de Valentin Redin a situação é semelhante. Somando a produção dele e do filho Sérgio, a mortandade pode chegar a 80 caixas de abelhas. São estimados 1,6 mil quilos de mel que se deixa de colher. “Precisamos tocar para frente. Algumas caixas conseguimos aproveitar. Agora é preciso limpar, comprar cera e conseguir novos enxames”, ressalta Redin.
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Os dois apicultores registraram boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia e encaminharam amostra para a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Sobradinho. Conforme o secretário responsável pela pasta, Jair Cremonese, o material foi encaminhado ao Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas (LARP) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), cujo resultado deve sair em torno de 120 dias. Somente a partir de análise da amostragem dos insetos poderá se identificar se as mortes são por causa natural ou por contaminação de agrotóxicos.
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