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FALTA CHUVA

Municípios começam a sentir os efeitos da estiagem

Foto: Rafaelly Machado

Seis açudes secaram na propriedade de Laércio Frantz, em Linha Hamburgo, interior de Santa Cruz do Sul

Produtores rurais já começaram a sentir os efeitos da estiagem em Santa Cruz do Sul e região. A MetSul Meteorologia prevê a manutenção do cenário de poucas chuvas no Estado neste fim de ano, o que vai agravar as perdas na agricultura. A seca é reflexo do La Niña, evento climático correspondente ao resfriamento das águas do Oceano Pacífico.

Laércio Frantz, morador de Linha Hamburgo, interior de Santa Cruz do Sul, produz hortaliças para vender na Feira Rural e cria vacas de leite. Pela escassez de água, já reduziu o plantel de 38 para 21 animais. O volume de verduras também caiu. Na propriedade, seis açudes estão praticamente secos.

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O que tem auxiliado é o caminhão-pipa da Prefeitura, com cerca de 4 mil litros por semana. A perfuração de poços na localidade torna-se inviável, por conta do relevo. Um investimento que passa de R$ 40 mil. Laércio aguarda os três quilômetros restantes da rede hídrica de São Martinho. “É importante investir em água para os agricultores, principalmente para quem pretende diversificar na propriedade”, destaca Laércio.

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A Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade está agindo para minimizar os efeitos da estiagem. Os locais com maior demanda de abastecimento são Linha Brasil, General Osório, São Martinho, Felipe Nery e Travessão Dona Josefa. Os caminhões-pipa carregam entre cinco e seis cargas por dia, em um total de 40 mil litros diários. Na última sexta-feira, foi licitada a perfuração de quatro poços artesianos, nas localidades de São Martinho, Alto Paredão, Arroio do Tigre e Vitorino Monteiro.

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Ao menos seis pontos para armazenar água estão secos na propriedade de Laércio Frantz | Foto: Rafaelly Machado

Vale do Sol toma medidas para auxiliar o interior

Em Vale do Sol, produtores rurais também enfrentam problemas com a falta de água. Segundo o secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo, Alessandro Kappel, diversos serviços estão em andamento pelo Setor Municipal de Água e Esgoto (Semae). São consertos de vazamentos, limpeza das captações e reservatórios, extensão de redes, perfuração de poços artesianos, construção de novas captações junto às nascentes e aquisição de reservatórios para aumentar a capacidade da reserva de água nas localidades com maior problema em relação ao abastecimento.

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Com essas melhorias, Kappel afirma que a demanda por água dos caminhões-pipa está diminuindo. “Estamos empenhados e mobilizados para resolver problemas no abastecimento de água. É uma prioridade para o prefeito Maiquel Silva.”

Racionamento

Outro município a enfrentar problemas com a falta de água é Segredo. De acordo com o secretário de Agricultura, Fomento Econômico e Meio Ambiente, Gelçon Luiz Cremones, os bairros mais altos sofrem com o racionamento. A Prefeitura chegou a contratar uma empresa para perfuração de um poço, mas a vazão foi insuficiente.

Após revisão de manutenção de maquinário por parte da empresa, outro local será escolhido para uma nova perfuração, mais próximo da rede hídrica, o que vai resultar em um menor custo do serviço. “Esperamos resolver a questão até o fim da semana”, diz Cremones.

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Em dezembro, o principal poço de abastecimento da zona urbana teve uma redução de 6 mil para 1,5 mil litros por hora. O interior convive com a escassez de água nos últimos anos. A Prefeitura tem atuado para fazer bebedouros de animais, fontes drenadas e canalização de nascentes para amenizar a situação.

Rio Pardo parou de correr em Candelária

O técnico agrícola Albino Gewehr registrou a gravidade da estiagem no Rio Pardo por meio de fotos. Na localidade de Rebentona, o curso d’água praticamente sumiu. “As lavouras foram afetadas. Não conseguem água para a irrigação. Teremos muitas perdas no arroz e no milho, por exemplo”, aponta Gewehr.

Ele acredita que a zona urbana de Candelária deve enfrentar falta de água caso a situação persista. Segundo Gewehr, a barragem de captação que existia foi danificada por uma chuva forte no ano passado. “A estrutura precisa ser refeita para voltar a operar.”

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Albino Gewehr registrou o atual baixo nível do Rio Pardo em Rebentona, Candelária | Foto: Albino Gewehr/Divulgação

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