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CENSO DEMOGRÁFICO

Na região, 930 pessoas se declaram quilombolas

Foto: Luiz Maia

O Vale do Rio Pardo e o Centro-Serra têm 930 pessoas que se declararam quilombolas no Censo 2022, residentes em dez municípios. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nessa quinta-feira, 27, os primeiros resultados do levantamento para a população autodeclarada e que tem identificação com a cultura e as tradições das comunidades de quilombos. Salto do Jacuí tem o maior número de habitantes nesse segmento, com 307 pessoas, seguido por Rio Pardo (214) e Lagoão (138).

Esta é a primeira vez que o Censo Demográfico traz um levantamento a respeito da população quilombola do País. De acordo com o levantamento, o Brasil tem uma população quilombola de 1.327.802 pessoas, ou 0,65% do total de habitantes. Foram identificados 473.970 domicílios onde residia pelo menos um quilombola, espalhados por 1.696 municípios. O Nordeste concentra 68,19% (ou 905.415 pessoas) do total do País.

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No Rio Grande do Sul, são 17.496 pessoas quilombolas, a maior população da Região Sul e a 13ª no País. O número corresponde a 0,16% do total da população gaúcha. O Estado tem a maior presença de quilombolas da Região Sul: mais da metade dos 29.056 quilombolas vivem no território gaúcho. O Paraná tem 7.113 e Santa Catarina, 4.447.

Na região do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra, apenas 50 das 930 pessoas que se declararam quilombolas residem em localidades que compõem os territórios oficialmente delimitados. Somente os municípios de Arroio do Tigre e Rio Pardo possuem agrupamentos regularizados. Em Encruzilhada do Sul, o IBGE não apresentou os dados com a separação dos residentes em territórios quilombolas ou fora deles.

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Território de Morro Alto é o mais populoso do Rio Grande do Sul

O IBGE considerou quilombolas as pessoas que se autoidentificaram dessa forma. A pergunta “Você se considera quilombola?” abria no aparelho utilizado pelo recenseador apenas em localidades previamente mapeadas pelo IBGE, que englobam territórios oficialmente delimitados, agrupamentos e demais áreas de conhecida ou potencial ocupação quilombola.

Além dos dados gerais, o levantamento do IBGE traz dados específicos sobre os territórios oficialmente delimitados, em que houve delimitação formal por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou de órgãos estaduais e municipais. De acordo com o Censo, 2.608 pessoas quilombolas do Rio Grande do Sul vivem em territórios oficialmente delimitados (14,91%). As demais 14.888 moram fora desses locais (85,09%). Já o total de pessoas (quilombolas ou não) vivendo nos territórios oficialmente delimitados do Estado é de 4.496, e 1.888 destes habitantes não se declararam quilombolas.

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O território de maior população no Rio Grande do Sul é o Morro Alto, localizado nos municípios de Maquiné e Osório, que tem 1.750 habitantes, seguido pelo Quilombo dos Alpes, em Porto Alegre (519 habitantes); e pelo São Miguel, em Restinga Sêca (457 habitantes). Já entre os territórios com maior população declarada quilombola estão São Miguel (444 pessoas quilombolas), Morro Alto (433) e Casca, em Mostardas (239).

O Censo Demográfico concluiu que há população quilombola em 89 municípios gaúchos. Em números absolutos, Porto Alegre tem a maior presença, com 2.295, seguido por Formigueiro (1.318) e Canguçu (1.179). Em termos percentuais, o município com a maior população quilombola do Rio Grande do Sul é Formigueiro – 20,55%. Em seguida vêm Colorado (14,64%) e Dona Francisca (8,67%).

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No Brasil, mais de 75% dos quilombolas vivem na Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Pernambuco. Em termos proporcionais, os estados com maior população desse segmento são Maranhão, Bahia, Amapá, Pará e Sergipe. O Rio Grande do Sul é o 18º estado com maior proporção de pessoas que se declaram quilombolas.

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