Em visita a Santa Cruz do Sul, uma comitiva de turistas alemães esteve nessa segunda-feira, 6, na Gazeta Grupo de Comunicações para conhecer a estrutura da empresa e conversar com a equipe de jornalistas. O grupo, formado por cinco pessoas – Manfred Hasmann, Erich Klas, Reiner Schmelz, Anneliese Hassmann-Schulz e Stefan Schmelz –, está no Brasil desde o fim de setembro, viajando pelo Rio Grande do Sul. Ao município, vieram a convite da Escola de Língua Alemã Auf gut Deutsch.
Acompanhada da diretora da Auf gut Deutsch, Jaqueline Bender, a comitiva foi recepcionada na Gazeta pelo gestor de Conteúdo Multimídia, Romar Beling. Depois de passarem pelos estúdios da Rádio Gazeta, concederam entrevista à repórter Paula Appolinario, reproduzida no programa Estúdio Interativo.
Em seguida, foram à Redação Integrada da Gazeta do Sul, na qual falaram sobre a experiência de estar em Santa Cruz do Sul. E antes de terminar o roteiro pela Gazeta, conheceram o parque gráfico e descobriram como o jornal é impresso.
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A comitiva destacou a recepção calorosa dos brasileiros. “Estamos nos sentindo celebridades”, afirmou Anneliese Hassmann-Schulz, de 62 anos.
Também chamou a atenção dos visitantes a quantidade de moradores que sabem falar alemão. Em todos os lugares por onde passaram, depararam-se com alguém que conhecia o idioma, fazendo com que se sentissem em casa.
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Moradores da Baviera, região onde a Oktoberfest teve início, acompanharão a abertura da 40ª Festa da Alegria. Parte do grupo estará presente no primeiro desfile temático, no domingo, dia 12. Ficaram encantados com as bandeirolas que enfeitam a Rua Marechal Floriano, destacando que a festa brasileira é mais colorida e vibrante que a alemã. “A Oktoberfest de Santa Cruz pode servir de modelo para a de Munique”, afirmou Reiner Schmelz, de 66 anos.
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Já Erich Klas, de 57 anos, disse que vai perder a Oktoberfest alemã por um bom motivo. Está empolgado por poder participar do evento santa-cruzense, sobretudo pela receptividade dos moradores. “Estou tão feliz de ver a Oktoberfest daqui. Está bem enfeitada, acho que a festa está mais bonita que a nossa. O que eu aprecio muito é como as pessoas estão sempre de braços abertos. Querem se abraçar. Nós somos frios. Aqui há esse carinho e eu aprecio muito isso.”
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Valorização
A diretora da escola Auf gut Deutsch, Jaqueline Bender, ressaltou que o grupo vivenciou, durante a viagem, o apreço do Rio Grande do Sul pela cultura alemã. Assim que chegaram, participaram do baile que celebrou os 20 anos da instituição de ensino, no qual ficaram impressionados com as apresentações musicais e de dança.
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Stefan Schmelz, 31 anos, publicou fotos e vídeos do evento e foi questionado pelos amigos se estava ainda no Brasil, já que as imagens pareciam de uma festa típica alemã. Em Santa Cruz, ficaram emocionados com o Monumento ao Imigrante, que reconhece o papel dos alemães no desenvolvimento do município. Também estiveram na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), onde foram recepcionados pelo reitor Rafael Henn, e no Palacinho, na presença do prefeito Sérgio Moraes.
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Jaqueline levou o grupo para outras cidades que preservam as tradições germânicas, incluindo Teutônia, São Leopoldo, Sinimbu e Porto Alegre. Também foram para Encantado, no Vale do Taquari, e visitaram o Cristo Protetor.
Na avaliação da educadora, a presença deles é muito importante para reforçar o vínculo com a Alemanha. “Faz com que valorizemos cada vez mais a cultura e os costumes que foram trazidos por aqueles que tanto se esforçaram para criar essa cidade. Temos que reconhecer isso e agradecer aos nossos antepassados.”
O que disseram
“É a minha primeira visita ao Brasil. Eu estou muito surpresa pela limpeza das ruas e das cidades. É muito interessante também que você encontra muitas pessoas que sabem falar em alemão. Não importa aonde você vai, você encontra sempre alguém que fala uma palavra em alemão. Tivemos experiências muito boas e positivas. Nós fomos bem recebidos, com muito amor e carinho. Estamos nos sentindo celebridades.”
Anneliese Hassmann-Schulz, 62 anos, hoteleiraPublicidade
“É minha primeira visita ao Brasil e antes de chegar pensei que encontraria algumas pessoas que falam alemão. Mas o que eu percebi é que em todo lugar tem alguém que sabe falar. Eu nunca vi algo assim. Estou animado. Se os alemães conhecessem aqui, muitos viriam para Santa Cruz. É uma terra muito agradável.”
Manfred Hasmann, de 63 anos, empresário
“É a minha quinta viagem para o Brasil e a terceira para Santa Cruz. Fico sempre feliz em vir aqui. Em geral, o Brasil é um país muito interessante. A economia vai se elevando. Estive aqui há 25 anos e, se comparar com a situação atual, percebi um grande avanço. Enquanto a economia da Alemanha estagnou, a do Brasil cresceu muito. O que nós gostamos muito em Santa Cruz é que muitas pessoas falam alemão. É bom que você pode conversar com elas e ouvir histórias, saber como seus antepassados chegaram aqui. É incrível, eu poderia sentar por horas e ouvir as pessoas.”
Erich Klas, 57 anos, agricultor orgânico
“É a minha quarta viagem para o Brasil. Visitei pela primeira vez há 40 anos e desde então eu sou fã do país. Está sendo minha primeira visita a Santa Cruz do Sul e estou apaixonado. Estou me sentindo muito bem acolhido. Há esse amor, essa felicidade, amizade e carinho que o brasileiro demonstra. Nós percebemos como os brasileiros gostam de celebrar. E a Oktoberfest é, com certeza, uma boa oportunidade de celebrar e sermos felizes.”
Reiner Schmelz, 66 anos, diretor da Escola Privada Grainau
“Santa Cruz é muito linda! Todos nos receberam muito amorosamente e gostaram muito de nos ver. Você percebe que os brasileiros são mais emocionados e se apoiam muito. Já fizemos visitas em muitos lugares, rendendo muitas memórias. O mais bonito foi o baile. Não é de conhecimento comum na Alemanha que há uma grande cultura alemã aqui. Meus amigos viram as imagens e os vídeos e perguntaram se eu ainda estava no Brasil. É algo que nunca vou esquecer. Estou no Brasil e me sinto quase como na Alemanha. E acho que a Oktoberfest vai ser mais brilhante e linda que a clássica. A expectativa é muito grande.”
Stefan Schmelz, 31 anos, engenheiro civil
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