Há territórios inóspitos em várias regiões da Terra. Poucos tão difíceis para a sobrevivência humana como o Círculo Polar Ártico, o extremo oposto do planeta em relação ao sul, que habitamos. Isso não significa que não existam povos que, a exemplo dos demais lugares, sintam-se em casa por lá. São os inuítes, ou inuit, da nação esquimó, que vivem e convivem no gelo, sob temperaturas e clima extremos, por toda a sua vida.
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E é para uma dessas áreas, a Groenlândia, imenso ambiente de gelo, montanhas e mares bravios, que nos leva um explorador dinamarquês, Ejnar Mik-kelsen, no livro Contra o gelo: uma história de sobrevivência no Ártico, da Edições 70, com 260 páginas, a R$ 79,00. O livro também foi adaptado para a Netflix. Na verdade, a aventura real que ele narra ocorreu entre 1909 e 1912, quando, ao lado de uma equipe, liderou expedição cujo objetivo era encontrar e recuperar documentos deixados por um explorador anterior. A missão tivera o propósito de comprovar que a Groenlândia é um território único, e não duas partes, como aventavam os Estados Unidos, interessados em anexar a seção do oeste. Sendo um território só, como de fato é, pertenceria à Dinamarca, da qual é uma possessão.
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No final das contas, Mikkelsen e seu único companheiro de andanças, Iver Iversen, precisam suportar o clima impiedoso por muito mais tempo do que planejavam. Submetendo-se a provações inimagináveis, avançam pelo gelo, suportam tempestades, tudo para, imbuídos do espírito de aventura, cumprir uma missão. De estarrecer!
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