Parece coisa do destino (e vá-se saber), mas quando a cantora Rita Lee morreu, no dia 8 de maio, aos 75 anos, já estava programado, para poucos dias adiante, mais exatamente no dia 22, o lançamento de uma segunda parte de sua autobiografia. Quis o acaso que ela já não mais estivesse aí quando esse volume efetivamente chegou às livrarias, em edição da Globo Livros, com 179 páginas, a R$ 64,90.
LEIA TAMBÉM: Morre a cantora Rita Lee, aos 75 anos
Rita Lee: outra autobiografia complementa suas reflexões, iniciadas com Rita Lee: uma autobiografia, de 2016, esta um volume de 572 páginas, nas quais recuperara suas lembranças desde a mais tenra infância. Naquela primeira incursão, que se juntara a vários outros livros nos quais exercitara a sua verve de escritora, ainda comentara do seu estabelecimento como uma das vozes mais conhecidas (e respeitadas) da música popular brasileira, incluindo a obra com as bandas Os Mutantes (1966-1972) e Tutti Frutti, bem como, é claro, a carreira solo. E, naturalmente, o seu encontro e o convívio com Roberto de Carvalho e a vida em família.
Publicidade
A segunda parte da autobiografia, agora lançada postumamente, contempla principalmente os três últimos anos, cujo contexto é o da pandemia e da descoberta do câncer. Como ela comenta, quando achou que nada mais digno de grande nota viria a ocorrer em sua vida, eis que esta mergulhou na vertigem, e se encurtou de forma abrupta. A foto que ilustra a capa do livro foi pintada pela própria autora, com as cores fortes que poderiam ser entendidas como uma marca de toda a sua história.
LEIA MAIS TEXTOS DE ROMAR BELING
Publicidade