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OPINIÃO

O papel do jornal

Foto: Guilherme Bica

Foto ilustrativa

O papel usado nas páginas de um jornal é frágil, pouco resistente. Rasga com facilidade, começa a amarelar depois de não muito tempo. É preciso ter cuidado para conservá-lo. Parece vulnerável. Mas é com esse mesmo papel que a Gazeta do Sul, há 79 anos, chega às mãos dos leitores. Nele ficou registrada de forma sólida, em quase oito décadas, a história de Santa Cruz do Sul e dos demais municípios da região.

O papel do jornal é frágil apenas na aparência. Sua vocação é a da durabilidade. Mesmo hoje, com a onipresença das mídias digitais e seus influenciadores, que surgem da noite para o dia, a importância dele não se apaga. Por mais que alguns vejam o trabalho da imprensa como superado, ou os jornalistas como seres supérfluos e enfadonhos, na prática sua atividade continua fundamental. Pois quem vai fazer o duro trabalho de levantar a informação? De apurá-la, ouvir todas as vozes e lados numa questão e apresentar a notícia de forma ponderada, sem cair no sectarismo fácil e intolerante? Ou na tentação de espalhar mentiras deslavadas e absurdas (as fake news), só porque beneficiam esse ou aquele ator político? Para tanto, para esse ofício criterioso, precisamos de bons profissionais. Bons jornalistas.

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Não que eles sejam infalíveis e imunes a críticas. Ninguém é. Mas prefiro fazer minhas as palavras de uma colega aqui da Gazeta, a também colunista Rose Romero. “Que voltemos a valorizar a imprensa profissional. Aquela que paga pessoas, também chamadas de jornalistas, para apurar os fatos. Que tem razão social, CNPJ, nome e sobrenome”, escreveu a Rose em um texto intitulado “Corte a corrente”, de agosto do ano passado.

O papel do jornal também é o título de um livro clássico sobre a imprensa, escrito pelo jornalista e professor Alberto Dines (1932-2018),publicado em 1974. Dines gostava de dizer, por exemplo, que: “O leitor não é consumidor, mas cidadão. Jornalismo é antes de tudo serviço público, não espetáculo”. É justamente como um serviço, e fundamental, que a Gazeta do Sul tem se mantido atuante nesses quase 80 anos. E assim pretende continuar, pelo tempo que for.

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